Fotos: Karla Costa

Com o propósito de resgatar e preservar o patrimônio do Maranhão por meio da produção de réplicas de fósseis, seres pré-históricos e artefatos arqueológicos, a Universidade Federal do Maranhão (UFMA), por meio da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec), realiza o workshop intitulado “O Passado Volta à Vida”. Iniciado na segunda-feira, 8 de abril, o curso se estenderá até sábado, 13, e tem como propósito estimular o interesse pela história e pela ciência, além de promover o comércio local.

Destinado aos artesãos do estado, o workshop oferece a oportunidade de aprender técnicas especializadas para produzir réplicas precisas de fósseis de dinossauros, animais pré-históricos e artefatos arqueológicos encontrados na região. Além disso, são abordadas questões sobre a importância da preservação do patrimônio histórico e cultural, bem como seu papel na promoção do turismo e no desenvolvimento local.

“O curso foi idealizado para pessoas que trabalham com essa parte de artesanato, mas que não estão direcionados para esse trabalho de réplicas de animais pré-históricos ou de artefatos arqueológicos – que é uma demanda crescente aqui no Maranhão, por conta do registro que temos de fósseis e a documentação que vem sendo levantada pelos arqueólogos sobre os povos originários, sobre as culturas, sobre as ferramentas etc. [O paleoartista] está apresentando os materiais que podem ser usados para fazer réplicas para museus, para reparo em acervo de museu quando forem réplicas, e para material para a venda na forma de souvenir. É uma opção de renda que essas pessoas terão. Então, o objetivo é estimular essas pessoas a essa prática, pois o Maranhão tem esse potencial turístico”, explica o professor da UFMA e paleontólogo, Manuel Alfredo.

A oficina é ministrada pelo paleoartista e professor da Universidade de São Paulo (USP), Felipe Elias. Durante os seis dias, o paleoartista está debatendo aspectos teóricos, históricos e práticos, ensinando as técnicas e materiais empregados na produção das réplicas.

“Eu queria apresentar no workshop um pouquinho do que é o trabalho do paleoartista, mas na verdade, acima de tudo, a gente tem uma proposta de ser uma coisa muito prática, né? Estamos falando de algumas teorias também, temos uma parte científica, em que a gente explica sobre algumas questões da paleontologia, da fauna pré-histórica, principalmente aqui do Maranhão, mas sobretudo a gente quer fazer uma coisa muito prática, porque a gente quer, na verdade, por meio dos nossos alunos, multiplicar esse conhecimento. O que estamos trazendo são algumas técnicas, principalmente da área de escultura. Dividimos o curso em algumas etapas: uma primeira onde eles vão aprender a modelar fósseis, principalmente os fósseis aqui da região, para entender como é a forma e como podem trabalhar. Vai ter uma parte que eles vão modelar também peças arqueológicas, instrumentos produzidos pelas antigas culturas que habitaram aqui a região, inclusive estão representados aqui na coleção do museu. Além disso, vai ter uma parte que eles vão aprender a recriar os animais também em vida, são algumas peças que eles vão desenvolver aqui também. Tudo isso sempre com o material da região, material que foi encontrado aqui, que faz parte da riqueza local. Por fim, na etapa final, os alunos vão aprender também a produzir cópias, porque eles vão criar as peças e fazer moldes para réplica desses materiais”, relata.

A iniciativa integra o projeto “Alcântara: Dos Dinossauros À Era Espacial”, que visa elaborar a narrativa e a estética do Museu de Alcântara (Musa), preservando a história do município desde a era dos dinossauros até o lançamento da base de Alcântara. Parte das peças produzidas será exibida no Musa.

Saiba mais – Projeto Alcântara: Dos Dinossauros À Era Espacial

A Universidade Federal do Maranhão (UFMA), por meio da Pró-reitoria de Extensão e Cultura (Proec), em parceria com o Museu de Alcântara (Musa), promovem o Projeto Alcântara: dos Dinossauros à Era Espacial, que tem por objetivo desenvolver a concepção narrativa e visual do museu, proporcionando uma experiência expositiva única e interativa.

Com a colaboração de especialistas em história, arqueologia, paleontologia, arquitetura e povos originários, o projeto consiste em uma exposição que conta parte da ocupação do território de Alcântara, contemplando as singularidades do patrimônio histórico, cultural e arquitetônico local. A exibição terá como base uma linha do tempo, fazendo um verdadeiro passeio na história, trazendo detalhes de descobertas paleontológicas no espaço que hoje compreende o território municipal, o modo de vida e as tradições de povos originários e quilombolas, além de aspectos contemporâneos da comunidade alcantarense, sobretudo em relação à base especial instalada na área.

A exposição será composta por uma variedade de mídias e recursos expositivos, que incluem maquetes de dinossauros, artefatos históricos, modelos em escala, vídeos educativos e simulações interativas. Esses elementos foram criteriosamente selecionados para proporcionar uma experiência imersiva e educativa aos visitantes, permitindo que explorem e compreendam de forma abrangente e integrada a história de Alcântara.

 

Por: Sarah Dantas

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