Nos moldes do festejo de Santo Antônio, o Natal de Luz do Centenário vai impulsionar a viagem dos balsenses à história de Jesus e toda sua família bíblica, retratada na sombria praça Eloy Coelho (praça da Matriz de Santo Antônio), de forma horizontal, onde abrilhantará sob luzes natalinas um vilarejo construído de materiais extraídos do próprio cerrado.
Um portal de entrada, desejando boas vindas em várias línguas, inclusive as mais remotas, convida os visitantes a dar uma espiadinha na pequena vila que almeja o período natalino presumido pelos artistas locais, Consolação Rocha, decoradora e Adson Geraldo, artista plástico, que entenderam a mensagem do prefeito dr. Érik Silva, para que fizessem algo que realmente chamasse a atenção da população e visitar o natal que todos merecem. Assim, surgiu a ideia de uma vila iluminada, que evocasse o período de natal e que também desse vida à praça, lugar que relembra toda a infância do prefeito e seus amigos da adolescência à juventude, dos antigos moradores e casarões, hoje obscura e quase sem vida, senão em épocas do Festejo de Santo Antônio ou nos dias de missa na própria Igreja Matriz ou ainda ao anoitecer quando os pedestres e atletas circulam por ali.
Consolação afirmou que “é uma arte, porque nós tentamos buscar o máximo da matéria prima no cerrado, envolvemos muita parte de artesanato e a criatividade na iluminação. Como profissionais da arte, nós mesmos produzimos as peças”. Para ela, o retorno “são as visitações do povo. Isso é gratificante”. Completou, ao ver pessoas comentando sobre seus trabalhos.
Neste domingo, depois da missa e dos cultos nas igrejas, a praça esteve com lotação acima do esperado, conforme analisou Luis Pedro, Secretário de Finanças da prefeitura, que disse à Folha do Cerrado, que nunca imaginou ser tão barato fazer tão bem à população. “Eu mesmo estou contemplando o trabalho da Consolação, do Adson e das equipes que não medem esforços para concretizar um projeto de arte. Ficou muito bonito”. Admirou o servidor.
A professora aposentada Jacira Barros Félix, 78 anos, disse nem acreditar no que estava vendo. Já com seus passos e voz lentos, dona Jacira disse que esperou muito tempo pra ver a cidade renascer, “de tal forma que estou muito feliz”. A idade já não lhe permite andar como antes para ver o restante da cidade de Balsas, mas ela disse que o povo comenta muito e parece que estão mais felizes com o atual prefeito. “Só se ouve falar que ele tá fazendo as coisas. Isso é muito bom! Nunca pensei que isso ia acontecer!”. Disse a professora que sempre teve sua casa naquela praça.
Dona Deuselina Sousa disse estar encantada. “Eu sempre passo aqui, à noite, de carro, mas ainda não tinha terminado, mesmo. Mas hoje saí do trabalho só para vir apreciar. Primeiro, porque sou apaixonada por essa data de Natal, e com uma ornamentação tão linda dessa, você fica mais apaixonada ainda”. E completou os elogios: “Realmente, o prefeito e sua equipe estão de parabéns! Está lindíssimo. Com certeza vai ser muito bem visitado”.
Também, quem elevou os olhos para o Natal de Luz do Centenário foi dona Berenice Rocha, 82 anos. Levada pelas filhas, que a conduziam nos braços, aproximou-se de um dos presépios na praça e pode admirar da beleza da arte com a grandeza da fé. Para ela, o que a levou ali “foram dois anjinhos, porque nunca pensei ver isso em Balsas”. Disse a senhora, que também esperou anos para celebrar o natal com tanta alegria, na simplicidade de mesma época a que se refere o natal.
O Natal da Luz do Centenário, segundo Luis Pedro, ainda vai apresentar muito mais. Admirando a quantidade de pessoas que observam suas ideias, ele confirma que haverá uma orquestra circulando pelas vias do vilarejo tocando hinos do natal, além de apresentações na calçada da igreja Matriz, de estudantes, grupos religiosos etc.
Do lado de baixo da praça, tendas serão montadas, a partir do dia 06, para que os expositores da praça do Banco do Brasil, que têm suas barracas nas quinta-feiras a noite com artesanato, brinquedos e guloseimas, ocuparão os espaços de dezembro a janeiro.
A revitalização chegando onde deveria estar, mesmo que apenas nos períodos festivos.