Ao lado do Secretário de Saúde do estado do Maranhão, Carlos Lula, desceram do avião, no aeroporto de Balsas, na manhã do dia 08/02, representantes do OPAS, OMS, ONU, CONASS e Ministério da Saúde, que vieram comemorar os 407 dias, até esta data, sem morte materna no Hospital Regional de Saúde.
Para o secretário de Estado, Carlos Lula, que pela 5ª vez visita o município, “Balsas passa a ser vista em toda a região, não só pelo estado do Maranhão mas pelo Brasil inteiro. Todo mundo quer saber o que aconteceu, como foi que a gente conseguiu e como é que a gente consegue essa experiência até exitosa, aqui. Obviamente que a gente teve ajuda da Prefeitura Municipal, ajuda de todos os parceiros, dos demais prefeitos da região. A gente teve também o Hospital Regional, que a gente pode, enfim, depois dos 50 anos, teve a prestação de serviço, grande assistência a toda população, mais do que isso, a gente acreditou no processo de trabalho, a gente acreditou na filosofia, a gente agradece muito aos nossos parceiros. A Organização Mundial de Saúde que veio para cá, a gente teve a implantação do Centro Sentinela aqui também em Balsas como a pioneira do mundo, não só pioneira do Maranhão ou do Brasil e a gente sabe que o que a gente tem feito aqui com certeza a gente ainda vai ouvir por muito tempo”.
O deputado Márcio Honaiser, que pela primeira vez, dia 05/02, usou a tribuna do Legislativo maranhense para agradecer os votos e dizer que vai investir no sul do estado, falou que “a gente celebra mais de um ano sem nenhuma morte materna, a gente que sofreu tanto, que chorou tantas lágrimas com as mães que infelizmente, por algum problema de saúde na região, acabaram perdendo suas vidas e hoje a gente poder vir aqui celebrar e trazendo junto essa grande notícia que era o anseio pelo Centro de Hemodiálise. Balsas realmente e o sul do Maranhão precisavam disso”.
Dr. Luis Flávio, secretário de Saúde do município, ressaltou a importância dos cuidados preventivos e de um trabalha em equipe, “quando a gente diz que existe um desastre, Balsas e a região, aconteceu um desastre de morte materna morte, neonatal, não existe só um culpado e também na hora que a gente consegue o êxito não existe só um vencedor. Várias coisas foram mudadas durante esse tempo e as coisas não acontecem por acaso. Essas mulheres não deixaram de morrer por um acaso, deixaram de morrer por um investimento do governo do Estado, pela colaboração da OPAS, da OMS e pelo investimento da Secretaria de Saúde, e pelo esforço de todos os funcionários e todos os secretários da região, que se envolveram nessa campanha”.
O diretor do Hospital Regional, Eliabe Aguiar lembrou que sua felicidade não está somente na presença do secretário, “que traz boas notícias, mas pelo descerramento da placa em comemoração aos 407 dias sem mortalidade materna e também hoje, o hospital completa 37 dias sem óbito neonatal”.
Durante as falas dos convidados, que também recebeu troféu em homenagem aos 365 dias do ano, sem morte materna, foi Olívia Ciappina, esposa de Ricardo Ciappina (proprietário do Colégio Dom Bosco), fez depoimento de seus dias de agonia na concepção de seu terceiro filho. Olívia contou que seu destino seria Teresina/PI, para ter o bebê, assim como teve os dois anteriores, mas o destino a fez ficar por aqui e experimentar a maternidade do Hospital Regional. Olívia disse que foi uma grande vitória e contou que depois de 36 semana de gestação passou mal e teve uma crise hipertensiva, o que para ela, foi uma sobrevivente, por sorte, “foi aí que procurei o Hospital Regional. Aqui fui prontamente atendida. Depois de chegar ao Hospital e fazer a ultrassom, onde o médico viu que ele (nenê) estava em sofrimento e que precisava fazer logo a cirurgia, fazer logo o quarto, da hora que eu cheguei até a hora que eu fui para o centro cirúrgico levou os uns 30 minutos no máximo. Então, fui prontamente atendida. Esse pronto-atendimento fez total diferença para mim e para ele, porque o meu caso era grave naquele momento, precisei da UTI ele também precisou da UTI. Acabei ficando aqui no hospital por 09 dias e para mim o atendimento dos profissionais fez total diferença no atendimento foram mais profissionais, foram os seres humanos, atendendo a gente. Então, esse calor humano, esse atendimento afetivo, essa acolhida fez total diferença para nós”.
O prefeito de Balsas, Dr. Érik Augusto agradeceu ao secretário pelo incentivo à construção do Hospital Regional e aos funcionários, que para ele é uma equipe de pessoas unidas e competentes. Dr. Érik falou de sua satisfação em receber o secretário e autoridades da saúde, nacional e internacional. “É um momento de muita alegria, muita felicidade como prefeito de Balsas e como médico também, que sempre lidei com pessoas humanas, com vidas e a gente fica muito feliz. Queremos agradecer a parceria do secretário de Saúde, Carlos Lula, da OMS, da OPAS, que fizeram um trabalho em conjunto com a Prefeitura de Balsas. Agradecer a sensibilidade do nosso querido governador Flávio Dino, que realmente investiu na cidade de Balsas, na área da Saúde e isso se constrói passo a passo. A prefeitura de Balsas fez o seu trabalho, fazendo uma atenção básica, pré-natal bem feito, bem realizado e o estado com a sua maternidade com UTI Neonatal, com UTI para as mães que precisasse de um atendimento em caso de uma necessidade e isso ajudou. Ou seja, foi a soma de trabalhos. A orientação da OMS, da Opus, o Hospital Regional que o governador Flávio Dino junto com secretário Carlos inauguraram em Balsas e o bom trabalho realizado na atenção básica, através da organização dos serviços do nosso secretário de saúde Luis Flávio, isso foi fundamental para que hoje a gente pudesse comemorar isso. Quem não lembra como que eram as notícias? ‘Morreu mais uma mãe no hospital dando à luz. Morreu antes de dar à luz’. Era uma rotina na nossa cidade e hoje isso se acabou. Então eu acho que eu tenho que comemorar, o secretário Carlos Lula, o Governador. Toda a população de Balsas tem muito a comemorar nessa data histórica para a cidade de Balsas e toda região.”. Concluiu o prefeito dr. Érik.
O Hospital Regional de Balsas, que, entre tantos serviços de média e alta complexidade, oferece assistência materna de urgência e emergência obstétrica 24h00, atende e é referência para pelo menos 14 municípios da região. A unidade realiza 815 atendimentos diários. Entre consultas e exames, o hospital é dividido em 12 leitos clínicos, 14 pediátricos, 20 alojamento conjunto, 4 quartos PPP, 6 leitos de UCINCo, 6 leitos de UCINCa e 12 para UTI adulto, 4 salas cirúrgicas, além de contar com aproximadamente 360 funcionários e 13 equipes médicas.
A unidade de saúde ainda possui estrutura para realizar atendimentos nas especialidades de clínica médica, ginecologia, obstetrícia, cirurgia geral e pediatria, além de exames laboratoriais e diagnósticos em oftalmologia e cardiologia; e serviços de diagnóstico por imagem como ultrassonografia, mamografia, exames de radiologia, tomografia e endoscopia. Vale ressaltar que o hospital mantém atuação desde setembro de 2017.
VEJA MAIS FOTOS:
Momento de agradecimento e entrega de troféus pelo diretor do Hospital Regional de Balsas, Eliabe Aguiar, à diretora administrativa (Instituto Aquca), ao representante do CONASS, OMS, OPAS, ONU e OPAS.