O Imesc – Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos lançou, nesta última terça-feira, 25/10, o Boletim de Conjuntura Econômica Maranhense, referente ao período de julho a outubro de 2016. A publicação faz uma ampla análise sobre a dinâmica da economia maranhense a curto e médio prazos, bem como análise dos cenários nacional e internacional.
A economia do Maranhão tem sido pressionada pelos efeitos combinados do fim do superciclo das commodities, da contração da economia nacional causada pela crise fiscal e política do governo federal e os graves impactos da estiagem na produção agrícola. A expectativa é que a quebra da produção de grãos no Estado encolha o PIB estadual em 2016.
O emprego formal maranhense, nos primeiros oito meses do ano, apresentou fechamento de quase 11 mil vagas, sendo liderado pelos setores da construção civil e comércio. O setor agropecuário também foi um dos principais responsáveis pela queda do número de ocupações no Estado.
Como forma de minimizar os efeitos causados pelo atual ciclo econômico brasileiro e maranhense, foram adotadas algumas medidas anticíclicas pelo governo estadual. Junto ao governo federal, foram criadas cerca de 9 mil novas vagas no Maranhão, com grande contribuição dos concursos e seletivos nas áreas de saúde, educação e segurança pública.
Outro conjunto de ações foi anunciado pelo Governo do Estado, diz respeito à criação de três novos programas voltados para a geração de emprego e renda no Maranhão, são eles os programas Mais Empregos, Cheque Moradia e Mutirão Rua Digna. Os programas envolvem os setores da Construção Civil, Comércio e Serviços, e movimentarão cerca de R$ 50 milhões em incentivos fiscais na área do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS.
O governo estadual tem buscado novas fontes de financiamento para os investimentos no Estado, com destaque para os segmentos de infraestrutura, que tem sido uma de suas prioridades. Como exemplo, pode-se citar: a operação de empréstimo com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola – Fida (US$ 20 mi); cartas Consultas Junto ao Banco de Fomento Andino (US$ 100 mi), direcionadas para a reconstrução da MA 006; operação de empréstimo junto ao Banco Mundial (US$ 300 mi) com a finalidade de ampliar do Plano Mais IDH, expandir as redes de internet de alta velocidade, de infraestrutura de transportes, dentre outros.
O presidente do Imesc, Felipe de Holanda, explica que para o próximo ano, o prognóstico é otimista: “Há expectativas de retomada da economia maranhense, que deve se mostrar de maneira mais acelerada que a média do Nordeste e do País. O PIB maranhense deverá registrar crescimento de 4,6% em 2017, influenciado, principalmente, pela melhora na safra de grãos”.
Os principais motivos para esse crescimento são a melhora das condições climatológicas, que deverão influenciar na safra 2016/17, permitindo a recuperação da produção graneleira do Estado; e os investimentos nos segmentos de logística de transportes, como os novos berços no Porto do Itaqui, avanço no Terminal de Grãos, investimentos na malha rodoviária do Estado, crescimento na produção gasífera, em papel e celulose, obras de duplicação da Ferrovia Carajás, entre outros.
O Boletim de Conjuntura Econômica Maranhense do 3º trimestre de 2016 encontra-se disponível no site do Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos. Acesse pelo link: http://imesc.ma.gov.br/portal/Post/view/18/112