Sojicultores brasileiros poderão se beneficiar no longo prazo, com prêmios de exportação sendo alavancados. Foto: Internet

Na avaliação da Consultoria ARC Mercosul, o anúncio de mais tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre a importação de produtos chineses poderia ser “um presente de [Donald] Trump aos brasileiros”. De acordo com os analistas, os sojicultores brasileiros poderão se beneficiar no longo prazo, com prêmios de exportação sendo alavancados.

“Os Estados Unidos se aproximam de mais um encerramento de ano comercial. No dia 31 de agosto será contabilizado todas as exportações anuais do país, com a campanha da soja se mostrando a pior desde 2013/14; e milho sendo a mais fraca desde 2015/16. É inquestionável que o ritmo desacelerado dos embarques de grãos norte-americano nestes últimos 16 meses foi a pura consequência de um embate político travado entre Trump e Jinping”, aponta a ARC Mercosul.

Desde o estopim da Guerra Comercial no primeiro trimestre de 2018, os chineses vêm adicionando retaliações que reduzem a competitividade do produto estadunidense para a importação direcionada à gigante asiática – sendo a retórica também verdadeira: “A CBOT desde estão, possui dificuldades de manter qualquer tentativa de alta, uma vez que com uma demanda reduzida por commodities agrícolas, as cotações aqui em Chicago sofreram pressão, principalmente a soja”. 

O presidente norte-americano Donald Trump anunciou que deverá impor tarifas de 10% sobre US$ 300 bilhões em produtos chineses até agora não atingidos pelas outras taxações já impostas. De sua parte, representantes chineses já anunciaram que haverá “retaliações na via contrária”.

“Por um lado, adiciona um rombo no sangramento das cotações na CBOT. Por outro lado, os sojicultores brasileiros poderão se beneficiar no longo-prazo, com prêmios de exportação sendo alavancados. A ARC lembra que esta balança entre o ônus de Chicago e o bônus dos prêmios no Brasil só será evidenciada nos próximos meses, quando (e se) a China voltar a ser uma compradora mais ativa da oleaginosa sul-americana. Não espere reações do dia para noite!”, conclui a ARC Mercosul.

 

 

Por: AGROLINK – Leonardo Gottems

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