No evento de lançamento do Paisagens Rurais, o presidente da CNA, João Martins, destacou a importância do Senar, juntamente com “importantes parceiros”, na implantação de um projeto que irá promover o desenvolvimento sustentável da agropecuária brasileira ao levar assistência técnica e gerencial aos produtores do Cerrado.

No abertura da solenidade que ocorreu na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, João Martins destacou que o Paisagens Rurais é o embrião de um projeto maior do Sistema CNA/Senar para “ampliar e fortalecer” a classe média rural no País.

O projeto vai capacitar e levar assistência técnica a quatro mil produtores rurais nos nove estados do Bioma Cerrado com foco na recuperação ambiental e produtiva da região.

“É possível produzir com equilíbrio e conciliar rentabilidade à preservação do meio ambiente. Temos tecnologia e conhecimento para isso. Ao estimular as estratégias para a conservação da biodiversidade do bioma cerrado, as instituições parceiras do projeto Paisagens Rurais se tornam protagonistas desta discussão no Brasil e no mundo”, afirmou Martins.

Ao falar que o País passa por um “novo ciclo de desenvolvimento”, o presidente reforçou que é preciso levar assistência técnica de qualidade “sobretudo aos pequenos e médios produtores rurais”.

Segundo João Martins, o Senar vem desenvolvendo nos últimos anos uma metodologia inovadora de assistência técnica e gerencial.

“Já estamos atendendo 100 mil propriedades, mas a necessidade é ainda muito maior. Por isso, assumimos um compromisso de ampliar e fortalecer a classe média rural brasileira. Nos próximos três anos, vamos levar assistência técnica e gerencial a 400 mil produtores, muitos deles que se encontram à margem das tecnologias existentes”, disse o presidente da CNA.

A iniciativa é coordenada pelo Serviço Florestal Brasileiro e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Tem a parceria da Agência de Cooperação Técnica Alemã (GIZ), do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTI), por meio do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e da Embrapa.

“É importante fazer uma classe média rural, mas só vamos isso com parcerias bem sucedidas, com entendimento entre todos os elos dessa cadeia. Por isso quero agradecer a CNA e ao Senar que tem feito um trabalho enorme pelo produtor brasileiro sem olhar o seu tamanho,” afirmou a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que assinou o acordo de cooperação para desenvolvimento do projeto.

Tereza Cristina reforçou a necessidade de levar conhecimento e assistência técnica principalmente aos pequenos produtores rurais. Para a ministra, o marco da assinatura desse projeto é meio ambiente e agricultura estarem em harmonia e trabalhando em prol do desenvolvimento sustentável.

“Hoje o Senar incorporou todos os produtores e tem nos ajudado e muito a fazer com que esses pequenos produtores saiam do sistema de subsistência para um sistema produtivo, de dignidade, de renda e que eles possam acessar cada vez mais os mercados e também trazer a segurança do país na produção de alimentos.”

Na avaliação do diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Valdir Collato, além de trazer benefícios para aqueles que estão produzindo, o Paisagens Rurais vai contribuir para implantar o Código Florestal, ao ajudar o produtor a recuperar seu passivo ambiental.

“Vamos trabalhar para harmonizar meio ambiente e agricultura sustentável com a ajuda da CNA, do Senar e demais parceiros porque nossa grande preocupação é preservar o meio ambiente, mas não engessar o processo produtivo.”

Para o embaixador da Alemanha, Georg Witschel, a integração entre os instrumentos de regularização ambiental e a implementação das técnicas de agricultura de baixo carbono poderão criar um novo modelo para o campo brasileiro.

“Um ator chave para isso é o Senar, que fornece assistência técnica aliando a recuperação do cerrado com mais sustentabilidade, mais produtividade e mais renda. O meio ambiente não é inimigo da agricultura moderna, rentável e produtiva, ao contrário, isso é uma verdade que temos que incorporar nas nossas estratégias de desenvolvimento sustentável.”

O Paisagens Rurais contará com 21 milhões de dólares, recursos do Programa de Investimento Florestal (FIP, em inglês), que serão administrados pelo Banco Mundial e executados pela Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ).

“Para o Banco Mundial é um prazer apoiar essa importante iniciativa, promovendo o uso sustentável da terra e o melhoramento do manejo florestal no cerrado. Estamos certos que o projeto ajudará o Brasil a reafirmar sua liderança internacional na agenda de desenvolvimento sustentável, equilibrando a produção agrícola e a conservação do seu capital natural”, afirmou Doina Petrescu, diretora interina do Banco Mundial no Brasil.

O evento de lançamento do Paisagens Rurais contou com a presença de autoridades, políticos, presidentes das Federações de Agricultura e Pecuária, superintendentes regionais do Senar, de representantes das embaixadas da Guiné Equatorial, Senegal, Tailândia, França, Malásia, República Dominicana, Indonésia, Sudão, Jabão, Espanha, Paraguai e Macedônia e dos parceiros do projeto.

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