Convidado para a aula aberta Master em Gestão e Marketing do Agronegócio, Ricardo Nicodemos falou sobre a importância da comunicação para os diversos elos da cadeia da produção do Agro.

 

“O Agro está muito presente em nossas vidas. O setor é o que mais cresceu nas últimas décadas, não parou diante da pandemia e continua em expansão. Para entender o campo, temos de ir além da matéria-prima e enxergar os produtores. Sem eles, não teríamos os alimentos e o vestuário que consumimos. Essa é a razão pela qual precisamos dar o destaque merecido ao agronegócio e quem está por de trás dele”. A afirmação é de Ricardo Nicodemos, presidente da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agro (ABMRA), em palestra na aula aberta Master em Gestão e Marketing do Agronegócio na ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing).

Jorge Dietrich, coordenador do curso de marketing e gestão em agronegócio da ESPM, e mediador da aula aberta, mostrou para os participantes a importância do agronegócio brasileiro para o mundo. “Hoje são aproximadamente 7,8 bilhões de pessoas – e o Brasil é responsável pela alimentação de mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo. E não é só isso: somos o maior produtor mundial de soja, laranja, café e cana-de-açúcar, o 2º de carne bovina e de aves, o 3º de frutas e o 4º maior produtor de suínos e tilápia. A atividade agropecuária representa cerca de 29% do PIB brasileiro”. Nicodemos acrescenta: “e quando estamos falando de alimentos queremos dizer comida na mesa das pessoas. Este é um setor essencial”.

Nicodemos destacou que não é simples e fácil falar com o agronegócio. “A 8ª Pesquisa Hábitos do Produtor Rural ABMRA mostra que a média de idade dos produtores é de 46 anos, sendo que apenas 10% têm o ensino superior completo e 80% estão na atividade por sucessão familiar. E não se pode esquecer que o Brasil é um gigante, com diferenciais culturais e econômicas importantes. A linguagem não pode ser única, assim como o meio de comunicação também não pode ser único”.

O presidente da ABMRA destacou o importante papel das agências de comunicação nesse processo. “Elas devem começar pelo começo”, diz. “Têm de partir da estruturação do briefing, definindo junto ao cliente o ponto de partida e as expectativas de onde quer chegar, definindo as ferramentas que serão utilizadas. A pluralidade do mercado faz com que não seja possível utilizar os mesmos métodos de comunicação para todos os perfis de produtores”.

Ele recomenda fazer uma análise completa o projeto antes de idealizar uma campanha. “Os ovos não podem ser colocados todos na mesma cesta. Isso porque a Pesquisa ABMRA mostra que o produtor consome diversos tipos de mídia. As empresas e agências devem apostar no mix de comunicação, levando em consideração que um percentual do público-alvo consome revistas, rádio e TV. Aplicar todos os esforços em um único meio de comunicação reduz as chances da mensagem chegar a quem desejamos”, completa Ricardo Nicodemos.

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