Na manhã desta segunda-feira, 11/09, aconteceu a III Jornada balsense de prevenção ao suicídio, no auditório do Colégio Marista, cujo tema para este ano é “Falar é a melhor solução”, onde reuniu centenas de profissionais da saúde e da educação, que acompanharam palestras e vídeos documentos sobre o assunto.

O médico e secretário de Saúde dr. Luis Flávio pronunciou a respeito do evento, dizendo, que “o dever dos profissionais do Caps é dar maior e melhor atenção aos pacientes, porque muitas vezes desvalorizados pela próprios família.”. Luis Flávio acrescentou ainda, a importância deste simpósio para os profissionais, tanto da saúde como da educação, “porque a prevenção é o melhor remédio. Todos sabe que o maior problema causador do suicídio ainda é a depressão. Ela é silenciosa e precisamos estar bem atentos aos sintomas, que afeta mais adolescentes.”. Disse o secretário de Saúde.

O coordenador, enfermeiro Fabrício Galvão, lembrou que no ano passado (2016) ocorreram 16 casos de suicídio em Balsas/MA, mas com os trabalhos intensos do Caps – Centro de Atenção Psicossocial esse número caiu acentuadamente para 03 casos até este mês. O coordenador acrescentou ainda que as mudanças estão acontecendo gradualmente, como a nova estrutura do Caps e a instalação do Caps 3 em Balsas:

A drª em Psiquiatra Geral Talita Mendes apresentou slides com estatísticas referentes ao números de suicídios cometidos no mundo e no Brasil, mas acentuou que em Balsas há um número ainda muito espantoso. Discorreu sobre os conceitos e fatores que levam ao ato, em sua palestra. Talita também falou do CVV – Centro de Valorização da Vida, que tem a função de dar apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone (141), email, chat e voip 24 horas todos os dias. Ela comentou ainda sobre a função do Caps para ajudar muitas famílias que sofrem com o transtorno:

A médica Andréia Sanches, especialista em Saúde Mental, já se sentindo mais aliviada com a diminuição de casos em Balsas, diz que a valorização dos profissionais com os simpósios, que atraem pessoas de várias categorias pode estar melhor resolvendo esta situação. Os educadores são os multiplicadores que ajudam o Caps quando preveem situações parecidas com sintomas de suicídio:

O médico psiquiatra dr. João Arnaud prosseguiu a palestra e disse “que é válido saber que além de escutar, que a gente tem muito falado no ‘Setembro Amarelo’ da importância de falar para prevenir, mas também de tratar porque mais de 97 por cento das pessoas que fazem uma tentativa de suicídio tem um transtorno mental”:

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que ocorram, no Brasil, 12 mil suicídios por ano. No mundo, são mais de 800 mil ocorrências, isto é, uma morte por suicídio a cada 40 segundos, conforme o primeiro relatório mundial sobre o tema, divulgado pela OMS, em 2014.

Em geral, a vontade de acabar com a própria vida é provocada pela falta absoluta de perspectiva e uma enorme sensação de desamparo e angústia. O que não se destaca é que, na maioria dos casos, o radical desejo é gerado por um quadro de transtorno mental tratável, como depressão, transtorno bipolar afetivo, esquizofrenia, quadros psicóticos graves e transtornos de personalidade, como o borderline.

 

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