O Instituto de Proteção e Defesa do Consumidor do Maranhão (PROCON-MA) alerta os moradores do município de Balsas, sobre os possíveis abusos nos preços de materiais escolares. Segundo o instituto, a variação de preço pode chegar a 200% na região. Segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares e de Escritório (ABFIAE), as vendas de meio de ano representam entre 10% e 15% do crescimento do período de volta às aulas.
Os itens mais comuns nas listas de material para reposição são cadernos, borracha, caneta e lápis de cor. Nas papelarias, os pais de alunos vão encontrar preços bem mais salgados do que os praticados no início do ano. Mas quem não precisou renovar o estoque, não vai repassar o aumento para o consumidor.
“Na verdade nosso ‘Volta às aulas’ começa um ano antes. Então, o material que a gente comprou no ano passado vamos sustentar nesse preço. Mas se eu tivesse que deixar para comprar o material nesse ‘Mini Volta às Aulas” nesse mês de agosto, com certeza nós iríamos repassar de 10 a 15% no preço final para o consumidor”, afirmou o dono de uma papelaria, Enio Fernandes.
Alguns materiais como o caderno universitário de dez matérias com 200 folhas aumentou de R$20,17 para R$ 23,90. Um reajuste de 18,4%. As canetas esferográficas ficaram até 41,1% mais caras desde o início do ano. A solução para amenizar os impactos do reajuste é pesquisar bem os preços e procurar as promoções. Mesmo com esse reajuste o consumidor ainda consegue encontrar preços bem vantajosos.
A lista de compras para o reforço do material escolar não é tão extensa quanto a do início do ano, mesmo assim o cliente pode negociar um desconto com o lojista para pagamento à vista. Outra estratégia que rende uma economia significativa é combinar a compra coletiva com outras famílias da mesma escola.
Os pais também devem ficar atentos às solicitações feitas pelas escolas. É proibida a exigência de itens de uso coletivo como material de limpeza ou higiene. São produtos que a escola deve fornecer e já estão incluídos no preço das mensalidades. O pai ou responsável que se sentir lesado deve procurar o PROCON.
“Pode formalizar a denúncia junto ao PROCON por meio do site www.procon.ma.gov.br ou aplicativo PROCON/MA ou se dirigindo a uma das unidades”, explicou o chefe do PROCON de Balsas, Wilton Barros de Oliveira.