Na 2ª Conferência Estadual de Ciência e Tecnologia, o presidente do Sindomar Daniel Pereira mediou painelistas, em discussão por oportunidades de investimentos que aqueceriam o setor portuário
Do turismo à pesca, do transporte marítimo às atividades portuárias. Há um oceano de possibilidades que foram debatidas no painel “Economia do Mar”, desta 2ª Conferência Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, realizada na última semana, no prédio de arquitetura da Uema, no centro histórico de São Luís. O oceanógrafo Daniel Pereira – presidente do Sindicato dos Operadores Portuários do Maranhão (Sindomar) – foi quem mediou o painel, que teve como objetivo colher sugestões para elaboração da Estratégia Nacional de CT&I para os próximos dez anos.
A 2ª Conferência Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação foi organizada pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema). E os painelistas da Economia do Mar foram: Isabella Pearce, diretora Ciema/Fiema e da Virtú Ambiental; Gabriel Mateucci, gerente de PD&I no Porto do Itaqui; Sérgio Cutrim, coordenador do LabPortos e da especialização em Logística Portuária; Patrick Freire, secretário adjunto da Pesca e Aquicultura do Estado do Maranhão; e Ronaldo Camorna, assessor de Inovação da Finep.
“Com 33 municípios maranhenses litorâneos, o setor marítimo/portuário desempenha papel crucial no presente e num futuro de oportunidades para o desenvolvimento no estado do Maranhão. Como mediador do painel ‘economia do mar’, eu tive a função de organizar o debate e facilitar a comunicação entre os painelistas. Mas como presidente do Sindomar, que tem doze empresas portuárias associadas, posso dizer que participar dessa reunião com autoridades, empresários e especialistas é um importante passo contra os desafios ambientais como a redução da emissão de gases do efeito estufa. Mas, também, uma oportunidade de se pensar na articulação de investimentos e novos negócios que podem aquecer a economia do mar do Maranhão, também chamada de economia azul”, destacou Daniel Pereira.
A painelista Isabella Pearce colocou em pauta o que é desenvolvimento sustentável, mostrando os 17 objetivos do sistema sustentável e as etapas e benefícios de uma política de gestão ambiental. “O crescimento econômico com desenvolvimento, envolvendo a economia do mar, precisa-se incluir comunidades locais, com geração de emprego e oportunidades de qualificação. E, esse crescimento econômico não pode ultrapassar os limites ecológicos do planeta”, declarou Isabella Pearce.
Já o professor Sérgio Cutrim decorreu de como o setor portuário se insere na economia de mar, dando ainda recomendações. “Algumas recomendações precisam ser feitas ao setor no Maranhão, como a criar um ‘instituto de economia do mar’ e investir no desenvolvimento do turismo náutico, do esporte náutico e da recreação náutica”, defendeu Cutrim.
O gerente de PD&I no Porto do Itaqui, Gabriel Mateucci, destacou programas de inovação do porto. “Temos cerca de 37 projetos em andamento e participamos de uma aliança pela descarbonização dos portos”, frisou Mateucci. Ronaldo Carmano citou o “pré-sal” maranhense como importante para a economia do mar, e Patrick Freire explicou atividades trabalhadas na pasta Pesca e Aquicultura do governo do Estado.