Enquanto os eleitores compareciam às urnas neste domingo, 15/11, tribunal foi alvo de acessos excessivos com o objetivo de derrubá-lo.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso ,
disse em entrevista coletiva nesta segunda-feira, 16, que o ataque sofrido pelo
sistema eleitoral na manhã do domingo, 15, das eleições municipais teve origem
do Brasil, dos Estados Unidos e da Nova Zelândia.
De acordo com o ministro, os ataques tiveram como objetivo derrubar os
servidores do TSE para tirar a credibilidade da totalização e da apuração dos votos.
Os acessos chegaram a uma quantidade de 436 mil conexões por segundo.
Questionado sobre se os ataques seriam oriundos de grupos políticos, Barroso
armou que não responderia essa pergunta. “Eu não posso e não devo responder
essa pergunta porque juiz só julga e não fica levantando suspeitas, mas
certamente esses grupos tinham uma motivação política”, disse o ministro.
“Essa instabilidade fez com que milícias digitais e grupos extremistas que clamam
pela volta da ditadura questionassem a credibilidade do sistema eleitoral. Muitos
desses grupos hoje são investigados pelo Supremo Tribunal Federal”, completou.
Demora na divulgação da apuração de votos
Barroso ainda falou sobre a demora na divulgação da apuração dos votos e
armou que o problema ocorreu por conta de ter sido realizada uma tarefa nova no
processo de totalização.
Segundo o ministro, neste ano a totalização passou para o TSE, diferente do que
ocorreu nos anos anteriores, quando isso era feito pelos Tribunais Regionais
Eleitorais (TREs). “Essa totalização descentralizada foi uma recomendação de
segurança feita pela Polícia Federal”, explicou.