Carro chefe da reforma é o ensino integral. Outro ponto central é a flexibilização do currículo que, nos anos finais do ensino médio, será divido em quatro grandes áreas: linguagens, matemática, ciência da natureza e ciências humanas.

O ministro da Educação, Mendonça Filho, e o presidente, Michel Temer, apresentaram o novo modelo curricular do ensino médio na tarde desta quinta-feira (22) em solenidade no Palácio do Planalto. O projeto chega ao Congresso Nacional por meio de medida provisória e deve começar a ser implantado no próximo ano letivo. A reforma é baseada no tripé: ampliação da carga horária, implantação das escolas em tempo integral e flexibilização do currículo.

De acordo com Mendonça Filho, a ampliação se dará de maneira gradual já a partir de 2017. Entretanto, o ministro não detalhou a proposta. Com relação ao estudo integral, o ministro conclamou os governadores dos Estados a unirem esforços com o Ministério da Educação (MEC) para que 500 mil jovens sejam atendidos pela política até 2018. O ministro informou que o MEC deve investir R$ 1,5 bilhão para a efetivação da política nos próximos dois anos.

Em relação ao currículo, a grande novidade é que, nos anos finais, o aluno terá quatro caminhos a seguir: linguagens, matemática, ciência da natureza e ciências humanas, enquanto o primeiro ano deve ser constituído por uma Base Nacional Comum Curricular. A discussão da BNCC para o ensino médio é diferente daquela em curso desde o início deste ano e deve começar a partir do próximo mês, segundo Mendonça Filho.

O ministro informou que o projeto foi construído tomando por exemplo o ensino médio de outros países, como Austrália, Coreia do Sul, Finlândia, França e Portugal. “Quando tem foco, quando há disposição, é possível alcançar objetivos. É possível alcançar sucesso em programas educacionais que garantam aos jovens e às crianças do Brasil uma educação de qualidade”, ressaltou Mendonça Filho lembrando do exemplo do Estado de Pernambuco que saiu da 23ª colocação no ranking do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) para o primeiro lugar.

“Com o novo currículo nacional e a política de fomento ao ensino integral, queremos dar um salto de qualidade na educação”, afirmou o presidente Michel Temer. Ele ressaltou que o orçamento para a educação não será reduzido. “No nosso governo não haverá redução de verbas para educação, a responsabilidade fiscal e a responsabilidade social caminham juntas. Se de um lado, nós temos responsabilidade fiscal que importa em uma austeridade, por outro, temos que ter uma responsabilidade social de voltar nossos olhos para a educação.”

Fonte: Agência Brasil

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