Durante dois dias a equipe da Expedição em Defesa das Nascentes do Rio Balsas – Edenriba, percorreu a mesma região, pelo mesmo trajeto feito ano passado, mas não sentiu mudança alguma, pior, viu aumento na degradação do meio ambiente, mais queimadas, mais campos abertos para o plantio de pastos e menos, muito menos árvores para a fauna local além do esvaziamento de alguns poços, que antes foram nascentes.
O organizador da Expedição, Miranda Neto, disse em palestra para a equipe que o acompanhava e para as pessoas da localidade Limpeza e São Pedro, após longas caminhadas, que sentiu-se “muito triste ao ver que o princípio do nosso rio está chegando ao fim e se não corrermos com todas as nossas forças, ficaremos sem água nem para matar a sede.”
Diante da situação do esvaziamento de algumas nascentes, uma vaca que estava morta há dias, ainda continuava dentro de uma das nascentes, porque os ribeirinhos não tiveram coragem de retirar o animal de dentro da vala o que provocou o entupimento da poça onde brotava água. Logo abaixo, uma lagoa que antes era conhecida como Lagoa Azul, estava verde. De acordo com a pesquisadora e professora da UFMA, Débora Batista, que acompanhou a Expedição: “a água ficou parada com a interrupção da nascente, daí ocorreu uma grande proliferação de algas verdes (por isso a água ficou totalmente verde) e o aumento da matéria orgânica e alguns microrganismos, devido a água estar represada, com baixa oxigenação.”
Juntamente com o grupo da Expedição, acompanharam também esta jornada da 2ª edição, a TV Assembleia, em conformidade pedida pelo Cel. Marcelo e a TV Mirante, onde puderam registrar a luta dos integrantes da Expedição na preservação e recuperação das nascentes do Rio Balsas. O Cel. Marcelo agradeceu a equipe do Edenriba e disse que “a mensagem seria transmitida ao legislativo do Maranhão, cuja causa todos devemos estar imbuídos ou ficaremos sem a preciosidade e maior bem da natureza”.
Entre as mais de 50 pessoas, o 4º BPM/Balsas disponibilizou de PMS e Corpo de Bombeiros, para dar proteção e prestar socorro aos expedicionários. Também chefes de escoteiros, enfermeiros e funcionários do SAMU, estiveram acompanhando a caminhada da esperança. de que um dia nós saberemos ver a natureza como ser igual a todos, que sentem dor e alegria, que devolve o bem com o bem.