Satisfeita com o resultado dos seminários de sensibilização realizados nos municípios maranhenses que integram o bioma amazônico, a equipe do SENAR encerrou, neste final de semana, em Açailândia, a primeira etapa do Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas (PRADAM), que também inclui a capacitação de 10 técnicos na metodologia de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG).

Os dois seminários trataram especialmente das tecnologias Sistema Plantio Direto, Recuperação de Áreas Degradadas, Florestas Plantadas e Sistemas Agroflorestais, dentre eles a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). O gerente de ATeG do SENAR-MA, Epitácio Rocha, comemorou o sucesso do segundo seminário  realizado  na sede do Sindicato dos Produtores Rurais de Açailândia (Sinpra), com a presença de pequenos e médios produtores rurais.

Participação intensa
“Tanto o seminário de Santa Inês quanto este, do sul do estado, atingiram a meta desejada”, disse ele referindo-se à intensa participação de produtores, técnicos parceiros, professores, estudantes, lideranças políticas e sindicais que atuam no setor primário da região.

A conferência foi composta por palestras ministradas pelo superintendente do SENAR-MA, Luiz Figueiredo, que fez a abertura e falou sobre o PRADAM. Houve também a participação do pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), José Mário Frazão; do produtor rural e consultor da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Marcelo Farias de Freitas; do presidente do Sinpra, Paulo Lira; e do consultor da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Maranhão (FAEMA), César Viana. Todos apresentaram as tecnologias sustentáveis preconizadas pelo projeto, com o intuito de conscientizar os presentes para o uso correto do solo e a consequente melhoria da produtividade.
O PRADAM é uma parceria entre a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, (FAO), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, (MAPA), Embrapa e o SENAR e visa difundir práticas tecnológicas de Agricultura com Baixa Emissão de Carbono (ABC), na região Amazônica. Ao SENAR cabe a execução do projeto por meio da capacitação de técnicos que atuarão na elaboração de projetos e na assistência técnica pública e privada dos estados do Maranhão, Rondônia, Acre, Amazonas e Mato Grosso, nas tecnologias adaptadas ao bioma amazônico, com sua metodologia de ATeG.

De acordo com Luiz Figueiredo, o município de Açailândia foi escolhido para sediar o segundo seminário do PRADAM por concentrar grande parte das áreas degradadas e por estar integrado à região de maior representatividade econômica do estado – região tocantina.
“A região de Açailândia é fundamental porque envolve áreas de relevo muito movimentado onde a erosão atua de forma incisiva e o PRADAM é um dos instrumentos importantes para que isso não aconteça. Além disso, a região tocantina tem uma representatividade bem significativa nas áreas de pastagens degradadas no estado e a parceria entre o SENAR, Embrapa, FAO e MAPA é oportuna darmos continuidade em outras ações previstas no projeto, necessárias para consolidar o PRADAM no Maranhão”, disse ao iniciar a sua palestra.
Para o engenheiro agrônomo e consultor da Embrapa, Marcelo Farias de Freitas, o seminário foi uma excelente oportunidade de difundir as tecnologias alternativas de negócios sustentáveis.

“Como parceiro técnico da Embrapa há um ano, reforço o papel do PRADAM, cujo objetivo é sensibilizar e difundir uma alternativa que hoje é indispensável ao produtor rural, destacando a atitude que permite elevar a renda, conjugada à responsabilidade socioambiental”, ressaltou.

Para o presidente do Centro Brasileiro de Pecuária Sustentável (CBPS), Mauroni Cangussu, o PRADAM é um divisor de águas para o setor agropecuário da região, pois com sua presença, a exploração agrossilvipastoril passa a ser encarada também como responsabilidade ambiental.

“O seminário está denunciando o problema que todo o produtor rural já sabe, mas que não aplica e que acaba gerando menos recursos para ele. O PRADAM vem anunciar essa grande mudança”, destacou o produtor tocantino.

DEIXE UMA RESPOSTA