Comissão em visita à Austrália

Depois de passar pelas cidades australianas de Brisbane Toowoomba, Dalby, Goondiwindi, Narrabri, Gunnedah, Griffith, Sydney, a equipe brasileira formada por Aurélio Pavinato, Gerson Trenhago, Aldo Tisott, Luciano Bizzi, Evandro Dalbem, Paulo Filho, Edmilson Souza, Divino Gonsalves, Carlos Erich, Erick Roorda, Clara Roorda, Urs Riederer concluiu que a Austrália é um país novo e que contém a menor área continental do mundo, possui uma tecnologia avançada e o segundo maior índice de desenvolvimento humano do mundo e que produz um dos melhores algodões do mundo e altamente valorizado nos mercados de exportação por sua cor, força, comprimento de fibra e falta de contaminação.

Austrália é o 4º maior exportador de algodão do mundo, atingindo produtividade média de 570 @ por hectare. Apenas 11% do algodão plantado na safra 15/16 foi de algodão sequeiro devido à dificuldade d’água. A produtividade média foi de 360 @ de pluma por hectare; O fator limitante é Falto de água, sendo que na região norte o custo da água é maior, há dois sistemas de plantio considerando a liberação de água:

· No norte – Quantidade de área é definida de acordo com o histórico de chuva;

· No sul – Quantidade de área a ser plantado é definida de acordo com quantidade de água armazenada.

Águas dos rios: – $ 6-7,00/megalitro/ano para manutenção da licença + $ 9,00/megalitro bombeado, gerando um custo de aproximadamente $15,00/megalitro utilizado.

Águas subterrâneas: – $ 15,00/megalitro/ano para manutenção da licença + $ 65,00/megalitro bombeado. Caso o produtor necessite de mais água do que se tem disponível o custo do megalitro fica em $ 250,00 sendo que num ano de extrema falta de água este custo pode chegar até a $ 800,00 e num período de muita água este custo fica em $ 50,00.

– Quanto à retirada e uso de água, os produtores tem muito mais licenças do que realmente eles usam.

Mais de 90% da safra de algodão da Austrália é exportada – principalmente para destinos asiáticos, da seguinte forma: 57% da produção vai para a China; 13 % para o Vietnã; 10% para a Indonésia; 6% para a Thailand e  3% para a Índia.

O algodão foi inserido na Austrália de forma muito tímida e meados de 1950 chegou quase ser extinto; em 1960 começou o limitado cultivo de algodão irrigado no sudoeste Queensland; em 2012 atinge safra recorde de 5,3 milhões de fardos a partir de 566.000 hectares plantados fortalecendo o uso dos recursos naturais e marketing na qualidade do algodão para a indústria têxtil.

Em resumo, todos são unânimes em fatores como o controle de todo o processo através da automação das usinas e otimização dos recursos humanos. Os processos são muito bem definidos e controlados, proporcionando todo o controle das usinas para uma fácil gestão, com melhor qualidade. As automações feitas no processo de produção das usinas favorecem as condições de ter uma produção bem acima da média brasileira, onde são realizados ajustes de forma mais assertiva, proporcionando melhor ganho em qualidade e mais rendimentos.

Para o sr. Aurélio Pavinato, viagem para a Austrália foi uma iniciativa muito importante da AMAPA, que deverá gerar muitos benefícios para a indústria do algodão do estado do Maranhão. Para Calos Erich a seriedade do trabalho coletivo é notada em todos os setores das fazendas, diferente do Brasil onde há muita individualidade.

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