A 2ª Audiência Pública pelas Nascentes do Rio Balsas, do dia 23/06, deixou o plenário da Câmara de Vereadores lotado com um público ávida a defender o “maior tesouro” do município.
Além de alguns vereadores da casa, a Audiência contou com a presença dos biólogos José Carlos Rodrigues representante da Agerp e a professora Débora Cardoso da UFMA, César Carneiro da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e o empresário e ambientalista Miranda Neto líder do grupo expedição, entre convidados. O cantor e poeta Deusamar Santos mostrou mais uma vez porque suas músicas são voltadas para a natureza e tocou o hino do rio, recebendo aplausos.
Convidado especial, Heliodoro Sousa, ex prefeito em Balsas nos meados de 1984 -1988 e 1993 – 1996, comentou que em seu primeiro mandato a área das nascentes do rio Balsas estava quase toda cercada. Mas em 1984, juntamente com o governador Luís Rocha retornou ao local “e a cerca foi retirada”. A prefeitura mantinha sempre sua presença na região. Pessoalmente, o ex prefeito disse que ia até o local duas vezes por ano. Quando retornei à prefeitura em 1993, no segundo mandato, “trabalhamos com a governadora Roseana Sarney para criar a reserva de recursos naturais na área das nascentes do rio Balsas.” E em 20 de março de 1996 a governadora assinou o decreto criando a reserva aqui na margem do rio Balsas. “Durante aquele mandato tive o cuidado de estar sempre presente, abri uma escola no povoado Limpeza que ainda permanece em funcionamento e sugiro que o próximo prefeito de Balsas não fique com a guarda municipal só na sede do município. Mas deverá designar guardas para fazer uma fiscalização naquela área ou formar a guarda florestal. Não pode deixar abandonado, pois uma área como aquela acaba sendo ocupada e automaticamente desmatada.” Concluiu Heliodoro Sousa.
O ambientalista Shields Santos – Presidente do Instituto de pesquisa e projetos para o desenvolvimento sócio econômico disse: “Tem que ser com esforço do poder público municipal e a sociedade civil, todos mobilizados para não ficar só no papel, pois houve há 20 anos e ficamos dormindo e hoje chegou a essa situação. Vamos ficar mais 20 anos? Temos que implementar essa área que já foi criada e fazer valer a lei valer.”
