Chega ao fim a contagem regressiva para o V Seminário sobre a “Revitalização dos Rios Maranhenses e suas Nascentes”, 22/09, e as organizações e poderes suspiram fundo para expor seus conhecimentos sobre o que vem acontecendo há anos com as secas de rios, nascentes e afluentes que dão caminho ao maior recurso natural da natureza. Mas também, os órgãos e entidades que irão participar deste Seminário vão expor seus projetos, que além de reclamações, faixas e relatos denunciantes deverão aclamar por fiscalizações e aplicações de leis que deveriam dar um basta no desmatamento desordenado com ou sem autorização. O vereador e ambientalista Gilson da Bacaba disse na tribuna, na última sessão da Câmara: “Enquanto ficarmos somente entre nós, Câmara e entidades ativistas, não iremos resolver nada. Temos que convocar a população a colocar sua voz, para que os governos e o mundo conheça os problemas de nossas reservas florestais e de nossos rios”.
Rio Balsas, o maior afluente do rio Parnaíba que separa o Maranhão do Piauí, está com níveis muito baixos em relação aos anos anteriores, reflexo desse desmatamento desenfreado além do permitido e também de córregos e riachos que estão sofrendo com assoreamento e desvios de suas águas, com a abertura de tanques para criação de peixes e irrigação de lavoura de grandes proporções. Muitas nascentes ainda são exemplo de quem preserva a vida dos riachos, (como as do brejo Marcelino da Porta que nascem em plena plantação de algodão na Fazenda Parnaíba, mas são cuidadosamente preservadas em sua extensão, com fauna e flora) conscientes das necessidades vitais deste líquido tão precioso e que poderá desaparecer da superfície do planeta em tão pouco tempo como os piores exemplos que estamos vivenciando.
O Seminário não deverá ser apenas mais uma reunião de idealizadores e sonhadores, mas uma abertura para a conscientização do ser humano e concretização de uma fiscalização realmente impiedosa e sem distinção, salvo os tamanhos das multas e obrigações.
Neste V Seminário, deverá sair, pelo menos comissões verdadeiramente voltadas para tomar decisões a curto prazo e não fantasias como nas anteriores. Cobranças às autarquias referentes ao assunto e mão na massa como tem feito o Iderb e a ADCMA.
Exemplos como vem dando o Iderb, ong criada a partir de fiscalizações nas nascentes do rio Balsas e vereadores, que não só dão palestras em escolas, cobra o legislativo na tribuna por criação de comissão que dê mais atenção à causa e plantam árvores onde são derrubadas outras ou onde ainda não existem, é de que precisa o mundo.
Amanhã, 22/09, Balsas recebe o V Seminário sobre a Revitalização dos rios maranhenses e suas nascentes com muita responsabilidade, porque as lágrimas que irão chorar no futuro não serão suficientes para abastecer o rio que começa a pedir socorro nem os riachos que mostram a realidade da ganância e da irresponsabilidade do homem. Não basta só produzir agora, se depois não terá como nem para quem produzir. Não basta somente ver o futuro se não se der conta do presente. Não basta enriquecer os cofres de uns enquanto múltiplos se alastram na pobreza. Não adianta matar a fome tecnológica de poucos enquanto outros tantos se arrastarão com a sede de conhecimento. “Só depende de nós”.