O mercado de alimentação saudável cresce exponencialmente no Brasil, indo na contramão da crise econômica que assola o país. Para termos uma ideia desse crescimento, entre 2009 e 2014, de acordo com pesquisa realizada pela consultoria Euromonitor, o segmento, que abarca produtos com menos ou nada de açúcar, sal e gordura, e mais fibras, vitaminas e nutrientes, aumentou 98%.
No entanto, apesar dos números expressivos, ainda existem lacunas que podem ser aproveitadas pela indústria alimentícia. É o que atesta o estudo Alimentação Saudável – Tendências 2015, realizado pela Mintel, fornecedora global de pesquisa de mercado. Dados da pesquisa mostram que 30% dos brasileiros gostariam de ver uma maior variedade de produtos saudáveis no mercado e consumiriam mais alimentos saudáveis se tivessem uma maior gama de opções práticas para preparar, como, por exemplo, pratos prontos congelados, alimentos pré-cozidos, entre outros.
O levantamento contou com a participação de 1500 pessoas com mais de 16 anos, oriundos das cinco regiões do país e de todos os grupos socioeconômicos. Ainda de acordo com o relatório, em se tratando de brasileiros entre 25 e 34 anos, 44% dos respondentes afirmaram que possuem dificuldades em comer de forma saudável por conta da correria diária.
Atenta a essa demanda do consumidor, a Superbom, uma das maiores empresas alimentícias do país com ampla linha de produtos saudáveis e veganos, e mais de 90 anos de atuação no mercado brasileiro, vem, cada vez mais, pautando seus respectivos lançamentos pela saudabilidade e também pela praticidade. ‘Começamos em uma época em que ninguém falava sobre esse conceito e, para nos mantermos relevantes em um mercado que ganha novos players a cada dia, temos investido em produtos mais saudáveis e práticos. Um exemplo, é a expansão da nossa linha de proteínas vegetais, que contempla opções prontas e pré-cozidas, todas sem gordura trans, colesterol e conservantes artificiais’, afirma David Oliveira, gerente de marketing da Superbom.
O executivo ainda conta que, recentemente, a companhia também investiu no segmento de snacks, com o lançamento de linhas de biscoitos recheados doces, salgados, e cookies. ‘São soluções práticas, que podem ser consumidas na correria do dia a dia, e que buscam atender às necessidades de quem procura ter uma alimentação equilibrada mesmo com pouco tempo disponível”, explica.
Também vale destacar que, para os brasileiros, a questão do preço não é um empecilho em relação ao consumo de produtos saudáveis, pois, de acordo com o estudo da Mintel, 83% dos respondentes afirmam que vale a pena gastar mais para obter esse tipo de produto.
Para Oliveira, o exponencial crescimento do mercado de alimentação saudável comprova que, mais do que um modismo passageiro, cuidar do bem-estar virou uma tendência mundial atrelada ao aumento da expectativa de vida. ‘É um segmento que apresenta grandes oportunidades, tanto para o varejo como para a indústria. Nos últimos anos muitos vendedores se especializaram em alimentação saudável, boa parte deles eram generalistas e notaram que este mercado estava saturado e que havia uma demanda por produtos mais saudáveis e práticos. Com essa migração, muitos varejistas passaram a vender mais’, conclui.
Fonte: Agência IN