Em Balsas acontece a campanha Janeiro Roxo, mês dedicado à exames para detectar Hanseníase, pela Secretaria de Saúde.
Liana Maria Santos, coordenadora do programa de hanseníase do município explica que todos os dias deste mês a campanha circula pelos PFS e disse que todos os enfermeiros estão preparados para receber pessoas que suspeitam da doenças.
Acompanhada do médico Dr. Chico Maranhão, clínico geral com especialidade em Saúde da Família entre outros médicos, fazem maratona pelo município com o intuito de coibir a evolução da hanseníase.
A hanseníase, que tinha se tornado apenas parte de narrativas religiosas e mitológicas da Idade Média, voltou a ser protagonista no século XXI. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil tem em média 30 mil novos casos de hanseníase por ano. No país, a doença afeta, principalmente, os homens, com mais de 60 anos, da região Nordeste.
A hanseníase é uma doença crônica infectocontagiosa causada pela microbactéria Mycobacterium leprae que atinge primariamente a pele e os nervos. Em estágios mais avançados, afeta também os órgãos internos, como fígado, testículos e a cavidade ocular. “Os principais sintomas são manchas com diferentes colorações (vermelhas, brancas ou marrons), nódulos espalhados pelo corpo todo, perda de sensibilidade tátil, térmica e dolorosa, dores fortes, inchaços, febre e feridas”, explica a dermatologista membro da Doctoralia, Vivian Brazi .
Ainda de acordo com a especialista, dependendo da fase em que o paciente se encontra, os sintomas podem ser diferentes. “Nos estágios iniciais, as manchas que se localizam na pele são discretas. É justamente nesse momento que o diagnóstico deve ser realizado para que seja feito um tratamento adequado. Já em estágios avançados, os sintomas se tornam mais evidentes e outras manifestações podem surgir”, ressalta.
Mas não é preciso se alarmar, pois é difícil contrair a doença. “A hanseníase é transmitida de uma pessoa para outra, principalmente, pelas vias aéreas e por áreas machucadas da pele e das mucosas. Para ser infectado é necessário convívio íntimo e prolongado com uma pessoa doente sem tratamento. Além disso, cerca de 90% da população possui uma carga autoimune contra a doença, ou seja, o organismo reage antes que ela se prolifere”, esclarece a Vivian.
Nos casos em que a microbactéria se instala, o tratamento é realizado de acordo com o estágio da doença. “Geralmente, são ministrados antibióticos específicos para combater a microbactéria causadora da hanseníase. A boa notícia é que, logo no início do tratamento, a doença deixa de ser transmissível”, revela a dermatologista.