81% das mulheres ouviu relato de conhecidas que sofreram agressão doméstica durante a pandemia.
Cresce 18% o número de mulheres que se sentem diminuídas no trabalho entre 2018 e 2021.
Pandemia causa frequente exaustão para 73%.
O Dia Internacional da Mulher é uma data importante que representa a luta em prol da igualdade de gênero. Anualmente, a Hibou – empresa de monitoramento e pesquisa – realiza um levantamento sobre a representatividade desta icônica data na vida das mulheres. 30% das mulheres afirmam que o dia 8 de março aumenta o número de SPAMS no email e 10% delas não gostam da data. Mas a verdade é que 80% das mulheres concorda que o Dia internacional da Mulher ajuda a dar visibilidade à problemas como assédio e diferença salarial, entre outros temas tão relevantes da luta constante pelos direitos da mulher. Enquanto isso, 78% das mulheres afirma ter vivido situações nas quais a palavra “feminista” foi utilizada de forma pejorativa em discussões.
O biênio 2020/21 carrega uma sensibilidade ainda maior em relação ao tema, já que o mundo enfrenta uma pandemia global que potencializa ocorrências de violência doméstica e abuso emocional, e a sobrecarga sobre a mulher que trabalha, é mãe, cuida da casa, entre outras tarefas, mesmo tendo um companheiro. Para 79% das mulheres a jornada diária aumentou muito com a pandemia e a vida em isolamento social. As principais queixas são sobre o sentimento frequente de exaustão (73%), maior quantidade de trabalho (69%) e dificuldades para dormir (41%). Um total de 9% das mulheres chegou a pedir demissão ou se afastou do trabalho pela jornada dupla ou tripla. Em relação ao aumento da violência doméstica durante a pandemia, 81% das mulheres ouviu uma história pessoas próximas que sofreram agressão doméstica. No âmbito da saúde mental, 65% teve ou ajudou alguma amiga ou familiar mulher com problemas de ansiedade ou depressão. Uma fatia de 72% das entrevistadas afirmou que sentiu mais confiança neste momento desafiador para tomar alguma atitude em casa, no trabalho ou na vida pessoal e 41% conversou em casa e conseguiu algum tipo de ajuda para a rotina do confinamento.
“Comparando a nova pesquisa com anos anteriores, ficou claro que hoje mais mulheres têm se sentido confortáveis para falar das situações constrangedoras que passam, mas que ainda falta, e muito, a coragem de denunciar situações abusivas, já que apenas 3 a cada 10 mulheres tomou de fato alguma atitude real sobre ocorrências cotidianas.”, relata Ligia Mello, sócia da Hibou e responsável pela pesquisa.
Com aumento de 18% na comparação entre 2018 e 2021, 8 entre 10 mulheres ainda se sentem diminuídas em algumas situações profissionais. 51% se sente desconfortável em ambientes como estádios esportivos, feiras, eventos de tecnologia, corridas de carro, sexshop, borracharia ou oficina mecânica, mas em 2018 esse sentimento era maior, atingindo 68% das mulheres, um sopro de esperança.
Dia Internacional da Mulher
Em 2021, em relação à representatividade do Dia Internacional da Mulher na luta em prol da igualdade de gêneros, 74% das mulheres enxerga a data como uma força para a autoimagem feminina para as próximas gerações, 47% acha que a data ajuda sim na luta pela igualdade de gêneros, 47% reconhece ser uma data importante e apenas 19% acredita que a data reforça fragilidade. Por outro lado, em comparação com a mesma pesquisa em 2018, houve queda no número de mulheres que não se sentem representadas pela data, passando de 55% em 2018 para 39% em 2021.
Este ano, 69% considera uma data importante que valoriza a luta constante e 50% vêem na data um marco de revolução para as mulheres.
Metodologia
Um total de 2250 pessoas responderam de forma digital, entre 24 de fevereiro e 2 de março, em território nacional, garantindo 95% de significância e 2% de margem de erro nos dados revelados. A pesquisa engloba mulheres de todos os níveis de renda e faixa etária.
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