61% acham que existe a Black Fraude antes da data mais esperada do varejo.
93% vão aproveitar a data para comprar produtos ou serviços para si mesmos.
35% pretendem aproveitar as ofertas e descontos de eletrodomésticos.
58% dos entrevistados pretendem gastar mais de R$500 este ano e o consumidor exige mais transparência nas ofertas
Medindo as expectativas dos brasileiros nas datas mais importantes do varejo, a Score Retail, empresa de data retail da B&Partners . co, em parceria com a Hibou – empresa de pesquisa e insights de mercado, comportamento e consumo – entrevistou mais de 1500 consumidores para o levantamento do Pulso Black Friday 2023.
A Black Friday se tornou um dia tradicional de liquidações que atrai a atenção e também é considerado como início das vendas de Natal, funcionando como uma grande estratégia do varejo. O Pulso mediu, então, a opinião dos consumidores com questões que vão desde racionais e emocionais. De quem pretende comprar na Black Friday, 93% vêem a data como uma oportunidade para adquirir produtos ou serviços para si mesmos.
A expectativa para a Black Friday deste ano aponta que mais de um terço dos brasileiros (36%) acredita que as ofertas estão melhores do que no ano passado, ao mesmo tempo que, mais da maioria da população (58%) pensa que tudo se manterá como no último ano. Apenas 6% não está otimista e concorda que será pior que o período anterior.
Da parcela de 6% que responderam ‘pior do que ano passado’, os motivos apontados foram:
Menos dinheiro no bolso: 55%;
Descrença nas ofertas da Black Friday: 27%;
Quer economizar: 3%;
Não viu produtos de interesse: 3%;
Outro motivo, 11%, sendo:
Economia do país 6%;
Aumentos dos impostos, mercado inseguro e promoção menos forte, 2%, cada.
“A Black Friday é uma data que possui grande relevância pro varejo, mas a pesquisa mostra que para uma grande parte dos consumidores (58%), a data não traz novidades. Isso é um bom ponto de atenção, afinal é papel da indústria promover essa mudança, se atentando às necessidades e trazer novas ofertas. Também vimos que é uma data mais ‘egocêntrica”, 93% pensa em comprar algo para si, mais um motivo para o varejo entregar uma data com experiências mais próprias e até personalizáveis.
Analisando tudo, os dados mostram boas oportunidades para marcas se comunicarem melhor e criarem ofertas com mais valor de compra, investir em gifts e até em experiências”, explica Fabricio Natoli, VP de estratégia da Score Retail
Brasileiro ama promoção… 63% das pessoas apontam os grandes descontos como benefícios da data; 36% vêem vantagem em poder comparar muitos produtos com valores reduzidos; e 28% gostam do frete grátis oferecido pelas lojas durante o período. Também foram citados o acesso às marcas caras (15%); combos ou pacotes oferecidos pelas marcas que o consumidor gosta (12%) e o cashback (6%).
…mas não gosta de se sentir enganado. Para parte da população a data é considerada oportunismo do mercado. 61% analisam que as marcas enganam os consumidores subindo o preço antes da data, a famosa “Black Fraude”; 37% concordam que os preços estão altos e a data não muda essa realidade; e 14% afirmam que nunca encontraram boas promoções na Black Friday. O recebimento do décimo terceiro salário influencia a compra de 13% que não vão comprar porque não receberam o montante no dia das ofertas.
Os consumidores apontam também outras prioridades: o olhar social e o meio ambiente ganham pontos nesse movimento. 58% dão preferência por comprar de marcas que possuem iniciativas sociais e ambientais; e 39% priorizam comprar de pequenos comércios para ajudar.
E qual a expectativa de gastos? Apesar de 55% declararem que estão com menor poder aquisitivo este ano, o consumidor se prepara para guardar dinheiro e buscar ofertas relevantes. Sendo assim, 58% do total pretende gastar mais de R$500 nessa edição da Black Friday.
Até R$50 – 1%
De R$50 até R$150: 5%
De R$150 até R$250: 9%
De R$250 até R$500: 21%
De R$500 até R$1.000: 25%
De R$1.000 até R$3.000: 24%
De R$3.000 até R$6.000: 7%
Mais de R$6.000: 2%
Não sabem: 6%
Compras sem sair de casa. O e-commerce continua sendo uma opção na hora de fazer as compras e lidera as opções online seguido pelos marketplaces. Dos 5 primeiros colocados, sites de marca foram a última opção.
Mercado Livre – 52%
Marketplace de varejo – 43%
Amazon – 43%
Shoppe – 38%
Site de marca – 35%
Mas, experiências memoráveis, só o ponto de venda consegue proporcionar. Por isso, ao pensarem em nas compras nas lojas físicas para essa data, os brasileiros têm suas preferências:
Lojas de rua já conhecidas: 41%
Lojas em shopping já frequentadas: 37%
Passeio no shopping para ver as oportunidades: 31%
Decisão após ter conhecimento das promoções recebidas: 25%
Lojas em que os vendedores informam sobre as promoções: 16%
Novas lojas para conhecer por um bom preço: 7%
Não vão comprar em loja física este ano: 15%
“A Black Friday desperta o lado consumista, mas os brasileiros estão mais cautelosos na hora de abrir o bolso. É interessante observar que a decisão da compra nem sempre reflete o que escolheriam comprar. Por exemplo, o consumidor pretende comprar uma geladeira, mas gostaria mesmo é de trocar o celular por um novo”, analisa Ligia Mello, coordenadora da pesquisa e sócia da Hibou.
O que está na cabeça do consumidor é o maior interesse do varejo. Na lista de compras para a Black Friday 2023, no TOP5 constam, principalmente, produtos do dia a dia: eletrodomésticos (35%); vestuário e utilidades domésticas (32%, cada); eletrônicos (26%) e calçados (27%).
A lista completa contém 26 opções, as que se destacaram:
Metodologia
O Pulso Black Friday 2023 foi feito pela Score Retail em parceria com a Hibou, em Outubro de 2023. A abordagem digital aconteceu com 1562 pessoas nos Estados SAO/POA/BHZ/RIO/SSA/CWB/BSB/