O Papa Francisco chegou ao Iraque nesta sexta-feira, 05/03, para a viagem de número 33 de seu pontificado, com o objetivo de transmitir uma mensagem de paz e reconciliação no país, que está confinado pela pandemia e foi afetado por anos de violência.

De acordo com analistas, esta viagem ao Iraque é o 50º destino de Francisco e é a viagem mais arriscada de Francisco em seus nove anos como Papa. Ele viajou sob forte esquema de segurança.

Apesar dos riscos, Francisco manteve a agenda e declarou que não se pode decepcionar “pela segunda vez este povo”, depois de recordar o cancelamento da visita em 1999 de João Paulo II.

Francisco escolheu o lema “sois todos irmãos”, extraído do Evangelho de Mateus, para a viagem, com a qual pretende enfatizar a necessidade de paz, independentemente da crença religiosa.

A Igreja trabalha na região para que jovens não cultivem ódio ou sentimentos de vingança.

O Papa Francisco já enviou antecipadamente uma mensagem emocionada aos iraquianos, na qual defende a reconciliação nesta terra, berço das religiões, afetada por anos de violência e guerras. “Vou como peregrino de paz mendigando fraternidade, animado pelo desejo de rezarmos juntos e caminharmos juntos, incluindo os irmãos e irmãs doutras tradições religiosas, sob o signo do pai Abraão que reúne numa única família muçulmanos, judeus e cristãos”, disse o papa em mensagem divulgada pelo Vaticano.

Os cristãos do Iraque são considerados entre aqueles com tradição mais longeva — a religião está presente lá desde o século 1º. Inúmeras paisagens e cidades descritas na Bíblia se referem a regiões do atual Iraque. Entretanto, eles têm sido perseguidos nas últimas décadas.

Dados levantados pela fundação pontifícia ACN — Ajuda à Igreja que Sofre, que auxilia projetos de grupos que sofrem perseguição religiosa, indicam que a população cristã do país caiu de 1,4 milhão, em 2003, para menos de 250 mil atualmente.

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