Colher bons resultados é preciso, melhor ainda é ser preciso na plantação e nas etapas que levam ao crescimento, floração e maturação do algodão, enfrentando de forma segura os ataques de insetos e doenças que cruzam as plantações, da folhagem até a colheita, sem danificar o solo, de olho nas próximas safras.
115 pessoas, entre produtores, fornecedores e estudantes de Agronomia da UEMA se cadastraram e participaram do II Workshop de Resultados promovido pela AMAPA – Associação Maranhense dos Produtores de Algodão, que tem apoio do IBA – Instituto Brasileiro do Algodão; e conta com apoio da ABRAPA – Associação Brasileira dos Produtores de Algodão; SLC Agrícola; Fazenda Pequena Holanda; Fundação BA e patrocinado pela Basf; Nufarm; i9Agro e FMC.
O II Workshop de Resultados, que aconteceu durante o dia todo desta última sexta-feira, 04/10, ouviram-se muitas palestras com excelentes consultores convidados como Paulo Saran, Consultor Técnico (BASF) para falar de “manejo de pragas na cotonicultura: Spodopteras e bicudos”; João Porto (DM de sementes FiberMax) falou dos ‘resultados da safra 18/2019 e perspectivas para safra 19/2020’; o manejo de solo e a rotação de culturas foi a 2ª palestra do dia, pronunciada por Alex Rebequi da FBA – Fundação Bahia; no momento networking dos participantes, o Trade Marketing Ailton Ferreira apresentou o portfólio de produtos da Nufarm e em seguida Fabiano Perina da EMBRAPA palestrou sobre “manejo de doenças foliares e do solo” e para encerrar o primeiro período, aconteceu mesa redonda conduzida pelo Cotton Consultor Dr. Eleusio Freire.
O período da tarde foi mais justificativo para o tema principal do II Workshop de Resultados, quando os palestrantes apresentaram várias planilhas de valores custo/produção e safra/ha, onde o aumento das áreas plantadas deverão alcançar resultados planificados pela Embrapa, acrescentando otimismo para o estado do Maranhão perante tempo de cultivo em áreas nos estados da Bahia e Mato Grosso. Os consultores explicaram por que a produção de algodão cresceu 35,9%, este ano, com volume estimado de 2,7 milhões de toneladas da pluma.
O uso da tecnologia na cultura do algodão, desde máquinas guiadas por satélites até pequenos drones que ajudam na pesquisa de solo, que já possui maior rapidez na coleta e resposta de dados para manejo de solos, manejo de pragas, rotação de culturas, tratamento de doenças foliares e do solo e Resultados da safra 2018/19 e perspectiva para safra 2019/20, sob a visão de Ricardo Reis (i9Agro), Consultor da Fazenda Pequena Holanda (Serra do Medonho), Rafael dos Anjos (SLC Agrícola – Fazenda Palmeira – Serra do Penitente) e Juliano Reis (SLC Agrícola – Fazenda Planeste – Batavo/Gerais de Balsas); a patrocinadora FMC apresentou a temática Construindo a história do Algodão juntos, Altieres Dias e Francisco Ribeiro, que falaram do Desenvolvimento de Mercado; ocorreu ainda a segunda mesa redonda entre palestrantes e público presente, também conduzida pelo Cotton Consultor Dr. Eleusio Freire.
Diante das perspectivas para o futuro, o Maranhão poderá ser novamente o maior produtor de algodão do Brasil, diz Paulo Saran, Consultor Técnico (BASF), “aqui tem potencial, tem área plana, extensa e é o que viabiliza a produção. O perfil do produtor, das áreas, da tecnologia usada e pela qualidade técnica das pessoas que trabalham com soja, milho e agora com algodão, no cerrado”.
Alex Rebequi, da Fundação Bahia, ressaltou a importância da rotação de culturas, de acordo com experiências dos produtores baianos, onde alternam a produção do milho com soja, com milheto e com algodão, porém, para ele, o preparo da terra no Maranhão torna-se mais rápido e fácil devido à consistência da terra onde o manejo é mais “redondo”. “fazendo com que a cultura principal expresse melhor potencial para a região”.
Dada a importância do evento, Fabiano Perina, da Embrapa/BA, alertou para a aproximação nas pesquisas entre os estados do Maranhão e Bahia, para ampliar mais os conhecimentos relacionados aos problemas na cotonicultura de ambos os estados, já que não há uma planificação neste sentido, para daí, buscarem modelos de ratificação das doenças do algodão geradas nesta região.
Camilla Vasconcelos de Oliveira é estudante de Agronomia da UEMA e já participou de Dia de Campo na Fazenda Planeste (algodão) e pela primeira vez participa de um Workshop de Resultados. Camilla ressaltou que aprendeu muito sobre o manejo que é uma cultura muito sensível e precisa de bastante cuidado. “Também a gente pode ter uma noção do que foi produzido este ano e do que está previsto para a safra que vem”. Particularmente, a estudante afirmou gostar muito da cultura do algodão “pelo fato de sensibilidade, desse cuidado nesse critério o algodão tem que ter todo um acompanhamento, tem que ser um planejamento prévio para produzir o algodão e poliéster. Uma cultura de alta rentabilidade também”.
Com 05 anos de atuação e crescimento às margens de 5% ao ano, a AMAPA acompanha as empresas cotonicultoras desde o plantio, manejo e cultivo, sustentabilidade e rentabilidade. Fomenta as 05 fazendas produtores de algodão, na região sul do Maranhão, com assistência técnico-profissional, manutenção de estradas para o escoamento dos produtos e palestras enriquecidas de inovações, além da difusão e desenvolvimento da cultura, dar incentivo aos produtores e o evento tem a intenção de prestar contas à sociedade e ao governo do estado em relação aos volumes de produção.
Para Wellington Nascimento Silva, Coordenador da AMAPA, é um trabalho criado para auxiliar os produtores e incentivar novos agricultores a pensar na questão de implementar esta nova cultura na rotatividade de seus produtos. Qual o benefício que ele terá alternando o plantio com algodão como já é eito com outros tipos de manejo, e consequentemente toda a cadeia produtiva, inclusive para a geração de emprego, melhoria de renda aos colaboradores, aquecimento do comércio local, levando o estado a apontar nas estatísticas como grande potencial na produtividade algodoeira.
De acordo com o Coordenador da AMAPA, o Maranhão, hoje ocupa a 6ª posição com área produtiva de 27 mil/ha e “para as próximos 05 safras a projeção de crescimento é de 15% a 20% ao ano, além de buscar consolidação a nível nacional e pretende colocar o algodão como o terceiro carro-chefe do Maranhão atrás de soja e milho e se posicionar como o terceiro estado, atrás apenas de Mato Grosso e Bahia, pois nossa intenção é chegar a 50 mil/ha”.