Nos últimos anos, o roubo a caixas eletrônicos se tornou recorrente. Dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) do Rio de Janeiro apontam que a prática cresceu 42% nos primeiros três meses de 2018, em comparação aos mesmos casos do ano passado. Em São Paulo, a tendência se confirma: aumento de 10,5% nos ataques e mais da metade dos municípios atingidos pela prática criminosa que preocupa os clientes e as Instituições Financeiras, segundo dados da Secretaria da Segurança Pública do estado.

O problema não é apenas brasileiro, a empresa sueca Axis Communications conduziu o estudo “Perspectivas Globais do Consumidor sobre Segurança de Caixas Eletrônicos”. A pesquisa ouviu mais de 6.000 consumidores na China, Colômbia, França, Itália, Reino Unido e Estados Unidos sobre o uso de caixas eletrônicos e como eles percebem a segurança ao utilizá-los.

Os caixas eletrônicos oferecem vantagens aos clientes, que podem acessar o dinheiro rapidamente, e às instituições financeiras, que ganham em eficiência, reduzem custos e ampliam a gama de serviços. A pesquisa aferiu que 65% dos participantes utilizaram os caixas eletrônicos para sacar dinheiro pelo menos uma vez a cada duas semanas, sendo que mais de 25% utiliza o serviço semanalmente.

Contudo, o estudo descobriu que algumas vezes os usuários evitam utilizar o serviço por medo. As principais preocupações dos clientes estão relacionadas com o ambiente onde estão instalados os caixas: a maioria apontou que evita utilizar as máquinas durante a noite, enquanto menos da metade (41%) disse que se privou de usar um caixa eletrônico mesmo durante o dia.

A razão mais mencionada para evitar um caixa eletrônico é a presença de pessoas suspeitas por perto, pelo medo de assaltos após a retirada de dinheiro. Além disso, 76% dos entrevistados disseram ter “ocasionalmente” ou “muitas vezes” medo de fazer saques. O lobby dos bancos continua sendo o local que passa mais segurança na hora de utilizar as máquinas – devido a presença de medidas de segurança adicionais, como câmeras de vigilância, guardas e, em muitos casos, acesso apenas ao titular do cartão.

O estudo também analisou algumas medidas superficiais que poderiam ser tomadas para proporcionar um ambiente de maior confiança aos usuários, apresentando que mais de 54% consideravam que um simples aviso indicando que a videovigilância era usada para sua proteção faria com que se sentissem mais seguros. Nesse sentido, as câmeras podem fornecer uma alternativa quando não for viável manter um guarda ao lado de cada caixa eletrônico. De acordo com o estudo da Axis, os consumidores consideram que os benefícios do uso do vídeo em termos de segurança superam quaisquer preocupações acerca da privacidade.

O resultado indica que a tecnologia é vista como facilitadora de espaços seguros, permitindo não apenas a identificação de possíveis criminosos, mas evitando com que aconteçam os roubos.

 

Por Adriana Fernandes

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