Depois de apresentar uma startup na Campus Party, fazer intercâmbio na África do Sul e ser semifinalista de uma competição mundial de tecnologia, a estudante Ana Clara Cavalcante pode dizer que aproveitou ao máximo os três anos que passou no IFMA Campus São Luís – Monte Castelo. E essa história promete continuar dando certo. Prestes a concluir o curso de Informática integrado ao Ensino Médio, a aluna já foi aprovada na graduação em Sistemas de Informação do Instituto pelo SISU 2017.
Entusiasta da tecnologia e inovação, sua afinidade com a área de programação vem de longe. Ainda no Ensino Fundamental, Ana Clara se interessava por construção de sites, linguagem de marcação e estilização. “No 9º ano, eu me reuni com um amigo para fazer um jogo 3D. Abandonei esse projeto quando saí da minha antiga escola, mas essas experiências e leituras de sites de tecnologia me influenciaram a escolher o curso de Informática no IFMA”, relembra.
E valeu a pena. Hoje, ela acumula várias experiências interessantes no currículo. A mais recente foi durante a última Campus Party Brasil, realizada de 31 de janeiro a 5 de fevereiro, quando apresentou a Startup “E-duc”, que consiste em uma plataforma de integração escolar e gamificação de conteúdos com o objetivo de melhorar a comunicação escolar. Além de Ana Clara, integram a equipe os alunos Amanda Cantanhede e Talison Macedo, que também participou da Campus Party.
“A ideia foi concebida para a Corrida de Startups do SEBRAE em 2015”, conta Ana Clara. Na ocasião, a “E-duc” chegou à final da corrida do SEBRAE. Ana Clara passou a acreditar ainda mais nesse trabalho depois de fazer intercâmbio na África do Sul por meio do Projeto Abrace o Mundo, do IFMA Campus Monte Castelo. “Foi uma experiência incrível e enriquecedora. Para o E-duc, me ajudou a constatar que não só os alunos brasileiros apresentam os problemas que a plataforma busca resolver”, avalia.
Depois do intercâmbio, Ana Clara também começou a trabalhar no projeto “Reciclá”, aplicativo que busca amenizar o problema do lixo em São Luís. O app foi elaborado por ela e mais três alunas do Instituto, chegando à semifinal do concurso mundial Technovation Challenge. A competição é voltada para meninas de 10 a 18 anos, incentivando-as a participar ativamente do desenvolvimento tecnológico.
“Creio que quanto mais meninas no mundo da tecnologia, melhor. As outras vão ver essas que já estão e se inspirar nelas”, pontua. Em uma área ainda ocupada por muito mais homens que mulheres, Ana Clara é uma das presenças femininas que se destacam. Certamente, a trajetória que ela tem construído já é fonte suficiente de inspiração para quem também sonha em ganhar o mundo por meio de seu talento.