A reunião na secretaria municipal do Meio Ambiente, a respeito da construção de PCHs – Pequenas Centrais Hidrelétricas no rio Balsas, contou com a presença do próprio secretária Rui Arruda, do presidente da organização não governamental IDERB – Instituto de Defesa do Rio Balsas, Miranda Neto, da secretária executiva da mesma entidade, Silvani Andrade, ativistas e autoridades governamentais e funcionárias do setor de comunicação da Atiaia Energia, do Grupo Cornélio Brennand, e teve o intuito de barrar a construção das 08 barragens no município de Balsas.
Ao lado do secretário municipal de Meio Ambiente Rui Arruda e da secretária executiva do instituto Silvani Andrade, reservaram-se em longas conversas com as assessoras da Atiaia Energia, Josana Salles e Samantha Col Debela, que manifestaram interesse em ouvir opiniões da sociedade, o que foi imediatamente protocolado um ofício da ONG e cópia da ata com todas as fotos dos movimentos e trabalhos realizados pelo IDERB, assinados pelo presidente, para a empresa construtora, com o intuito de marcar uma audiência, onde contará com a presença de deputados do Legislativo do Maranhão, para que haja impedimento da construção das barragens.
Ao apresentar a cartilha das PCHs a serem construídas no rio Balsas, a Atiaia Energia diz que elas são operadas a “fio d’água” o que exigem pequenos reservatórios sem alterar a vazão do rio. Em média, elas são construídas no prazo de 18 meses (01 ano e meio), produzem até 30 MW, ocupando uma área de até 13 km².
Para o IDERB, assim como as demais ONGs e a sociedade em geral, a construção das 08 barragens no leito do rio Balsas, acima do município, poderá viabilizar um desastre ecológico e possivelmente à população local. O presidente, Miranda Neto ressaltou que “desde criança brinco às margens deste rio e até hoje usufruo dele como toda a população balsense. Estamos vendo o rebaixamento, a cada ano, de suas águas. Não podemos deixar que acabem com ele como estamos vendo rios de outras regiões.”.
Como outras ONGs, o IDERB, que defende o rio Balsas, faz todos os anos a Expedição em Defesa do Rio Balsas, quando um comboio segue até as nascentes, onde autoridades ambientalistas, como SEMA, Ibama, ICMBio, representantes da ALMA, Promotoria etc, observam e relatam seus pontos de vista perante pesquisas in loco, nas localidades onde deveriam ser parte de preservação da natureza.
Miranda Neto comentou ainda, que a sua posição é contra as barragens, porque já tem visto a que vem acontecendo com as demais barragens, “como a do rio Tocantins, a 170 km de Balsas, onde da barragem para cima está tudo bem, mas olhando-se para abaixo da barragem, tem comprometido bastante com a falta de água para os peixes e animais, comprometendo todo o ecossistema, imaginem no Rio Balsas!” Disse o fundador do IDERB.