Fertilizante orgânico melhora produtividade agrícola e favorece a economia circular
Nas últimas décadas, o cenário agrícola nacional tem sido marcado por aumento significativo do uso de fertilizante orgânico composto, derivado do reaproveitamento de resíduos industriais, agropecuários e lodos de esgotos sanitários. Esse crescimento gradual reflete mudanças de paradigma nas lavouras, impulsionadas pela busca por práticas mais sustentáveis, alinhadas à preocupação com a preservação do meio ambiente e aos preceitos da economia circular e, ao mesmo tempo, mantendo e até aumentando a produtividade.
Uma das fontes mais importantes para a produção de fertilizantes orgânicos é o lodo resultante do tratamento de esgotos sanitários. Anteriormente considerado um resíduo indesejável, é agora valorizado por sua riqueza em nutrientes essenciais para as plantas, como nitrogênio, fósforo e potássio. Esse aproveitamento inteligente de recursos tem contribuído para a redução da poluição ambiental e a promoção da economia circular.
Fernando Carvalho Oliveira, engenheiro agrônomo que trabalha com esse tipo de insumo há 30 anos, explica que o fertilizante orgânico composto é uma alternativa complementar aos tradicionais fertilizantes minerais, sendo produzido a partir do tratamento biológico de resíduos sólidos orgânicos. Nos últimos anos, seu uso tem ganhado destaque entre os agricultores brasileiros, à medida que os benefícios ambientais e agronômicos tornam-se mais evidentes.
“Comprovadamente, o fertilizante orgânico usado com frequência tem capacidade para substituir em até 50% o uso dos fertilizantes minerais. Isso significa menos dependência de insumos importados e notável economia para o produtor agrícola. Além dos diversos benefícios ao sistema solo-planta que o composto oferece”, explica Fernando.
O especialista também é o responsável técnico pelo fertilizante orgânico composto da Tera Nutrição Vegetal, unidade de negócios da Tera Ambiental, empresa pioneira na fabricação desse tipo de insumo. Seus adubos orgânicos são produzidos por meio da compostagem termofílica de resíduos orgânicos industriais e agroindustriais e, principalmente, lodo de esgoto.
Ao longo dos anos, diversos estudos científicos vêm demonstrando os benefícios desse tipo de composto orgânico. “Além de fornecer nutrientes essenciais às plantas, promove a melhoria da estrutura do solo, aumentando sua capacidade de retenção de água e reduzindo a erosão. Também estimula a atividade microbiana do solo, contribuindo para a sua fertilidade a longo prazo”, destaca o engenheiro agrônomo.
Ademais, o aumento gradual no uso de fertilizantes orgânicos compostos reflete uma mudança de mentalidade na agricultura brasileira. Agricultores e produtores estão cada vez mais conscientes da importância da sustentabilidade e da preservação dos recursos naturais. Essa nova visão tem incentivado investimentos em tecnologias e práticas agrícolas mais sustentáveis, mantendo uma produção de alimentos mais saudável e ambientalmente responsável.
“Com muito trabalho, dedicação e pesquisas, tivemos grandes avanços com relação ao fertilizante orgânico composto. Conseguimos evoluir nos aspectos técnicos do produto, obtendo um composto eficiente, totalmente seguro e que pode ser utilizado em todas as culturas. Também progredimos muito na aceitação dos agricultores quanto ao uso do adubo, conquistando cada vez mais espaço no mercado, tendo em vista os resultados que o produto apresenta no campo, com ganhos econômicos. Isso demonstra o potencial do insumo, tanto do ponto de vista físico-químico para o solo e plantas, quanto econômico e ambiental, além de ser um grande aliado dos produtores brasileiros”, finaliza o engenheiro agrônomo e consultor técnico da Tera Ambiental.