O governo anunciou que estenderá os pagamentos do auxílio emergencial até o final desse ano, com mais quatro parcelas-base de R$ 300 cada.

Essa medida provisória já começa a valer a partir de agora e embora precise de aprovação do Congresso (Câmara dos Deputados Federais e Senado), politicamente não deverá haver resistência.

Inicialmente, o auxílio emergencial começou a ser pago em três parcelas de R$ 600 ao custo de R$ 50 bilhões por mês aos cofres públicos. Depois, foi estendido por mais duas parcelas do mesmo valor.

Agora, haverá o pagamento de mais quatro parcelas até dezembro de metade do valor ao custo de R$ 25 bilhões mensais, aproximadamente.

Para quem recebia o valor de R$ 600, os valores das 6ª, 7ª, 8ª e 9ª parcelas cairão para R$ 300, sem prejuízo das parcelas anteriores eventualmente ainda não recebidas, que permanecerão em R$ 600.

Para as mães chefes de família que recebiam R$ 1.200, a lógica será a mesma, com redução para R$ 600 apenas para as novas parcelas. Com isso, o déficit público (tamanho da dívida do governo para pagar todas suas contas) deverá subir em R$ 100 bilhões em 2020, possivelmente alcançando a casa de R$ 1 trilhão.

Embora esse auxílio seja de suma importância para a população mais pobre, se coloca mais pressão sobre a necessidade de controle fiscal e reformas que promovam cortes em outros gastos públicos, principalmente em 2021.

Enquanto há acusações de que Bolsonaro estaria se valendo da prorrogação desse auxílio para aumento de sua popularidade, as reformas necessárias parecem engatinhar, apesar de haver promessas de que a equipe econômica de Paulo Guedes enviará uma proposta de reforma administrativa ainda nessa semana.

Essa reforma administrativa deverá conter novas regras de promoção por mérito nas carreiras públicas, mas ainda não se sabe se de fato a proposta será enviada, qual seria seu potencial de redução dos gastos públicos nos anos que virão e quais são as chances de que seja aprovada no Congresso.

 

Fonte: UOL

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