O pagamento do 13º salário injetará R$ 2.893.017.079,00 na economia do Maranhão este ano, valor que representa 3,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado, de acordo com dados do Dieese.
1.799.519 trabalhadores do mercado formal maranhense (incluindo empregados domésticos), além de aposentados e pensionistas, previsto em lei, receberão o 13º salário que deve ser pago em duas parcelas: a primeira até 30 de novembro e a segunda, até 20 de dezembro.
E justamente nesses dois últimos meses do ano é que a quase totalidade do valor a ser pago circula na economia, tendo como destino o pagamento de dívidas, consumo e quando possível, a poupança.
O valor médio do 13º salário a ser pago este ano no Maranhão corresponde a R$ 1.509,71, sendo o menor no país, juntamente com o estado do Piauí (ambos com média próxima). A média mais alta é verificada no Distrito Federal, em torno de R$ 4.234,00.
Os assalariados do setor público e privado e empregados domésticos com carteira assinada, que compõem o mercado formal de trabalho, correspondem a 39,9% dos beneficiários do 13º salário este ano no Maranhão, para os quais serão pagos o montante de R$ 1.622.201.430,00 (56,1% do total). No caso dos empregados domésticos, são 17 mil beneficiários no estado, para o pagamento de R$ 16.558.000,00. Já os aposentados e pensionistas, que compreendem o Regime Geral da Previdência Social e Regime Próprio do Estado e Municípios, correspondem a 60,1% dos beneficiários. O valor a ser destinado para esse segmento é de R$ R$ 1.270.815.649,00 (43,9% do total).
De acordo pesquisa realizada pela Anefac, 85% de consumidores entrevistados disseram que vão utilizar a gratificação natalina para quitar dívidas já contraídas e apenas 4% têm a intenção de poupar os recursos Pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac) referente à utilização do 13º salário, realizada com 1.045 consumidores de todas as classes sociais, revelou que 85% dos entrevistados pretendem utilizar os recursos este ano para o pagamento de dívidas já contraídas, aumento de aumento de 4,94% em relação a 2016. Segundo os dados levantados pela Anefac, grande parte dos consumidores (94%) tem dívidas contraídas no cheque especial e no cartão de crédito e pretendem utilizar os recursos do 13º salário para estar regularizando as mesmas. Nesse contexto, o cartão de crédito é a linha de crédito com maior peso na composição das dívidas em aberto dos consumidores tendo atingido em 2017, 51% do total (crescimento de 6,25% sobre 2016) contra 43% do cheque especial (elevação de 4,88% sobre 2016). A pesquisa mostrou que houve igualmente uma redução no percentual de consumidores que pretendem poupar parte do que sobrará de seu 13º salário para as despesas de começo do ano – IPVA, IPTU, material e matriculas escolares – redução de 33,33% sobre 2016.