Foto tirada hoje à tarde, no trecho na BR 230 entre Buritirana e Balsas

As rodovias do sul do Maranhão estão vazias, não só porque os caminhões pararam de rodar, mas porque os automóveis preservam o pouco combustível que resta nos tanques.

A equipe da Folha do Cerrado percorreu alguns trechos da BR 230 (Transamazônica), no corredor da soja, e observou que apenas a cada hora, ou mais, cruzava com outro automóvel, sintoma não só das barricadas que trancaram os caminhões, mas de que a gasolina e o álcool já havia chegado ao fim.

Ainda há pouco, após uma reunião de mais de seis horas com representantes de entidades de caminhoneiros, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Carlos Marun (Secretaria de Governo), Eduardo Guardia (Fazenda) e Valter Casimiro (Transportes) anunciaram proposta do governo de um acordo para a suspensão da paralisação da categoria, que há quatro dias provoca bloqueios de rodovias e desabastecimento em todo o país.

Padilha disse acreditar que a “qualquer momento” o movimento dos caminhoneiros começará a ser “desativado”.

O ministro prevê que, até segunda-feira, estará normalizada a situação nas rodovias.

Grupo de caminhoneiros montam barraca próximo entrada da Unibalsas, fazer comida e recebem apoio da população.

Enquanto isso, os próprios motoristas fazem suas refeições a céu aberto ou debaixo de tendas, próximos de postos de combustíveis, onde recebem também apoio da população, que por vezes doam água, alimentos etc. O motorista Wagner acentuou que “com os aumentos que estão aí, a todo momento, não dá para nós, caminhoneiros, trabalhar. Estamos longe das famílias, mas estamos lutando por nossos direitos, que temos que consegui-los.”

A pequena Melissa, com apenas 01 mês e 10 dias, com a mãe Muriuele, de São Bernardo do Campo/SP, acompanham o pai Aderlan de Senna caminhoneiro, parece não se incomodar com o calor de Balsas/MA, mas sua mãe disse que “está difícil, porém estamos conseguindo passar. Por uma causa melhor para o futuro”. Para Aderlan, a desigualdade é muito acima do normal. “O combustível com este preço absurdo, além do pedágio e as taxas muito altas.”. Para ele, “os patrões não conseguem nem manter com a manutenção do próprio caminhão. Estão pagando para trabalhar”.

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