Já os dados preliminares de medição dos valores coletados no mesmo período indicam redução de 1,4% no consumo de energia em São Paulo em relação ao mesmo período do ano passado, caindo de 15.679 MW médios para 15.456 MW médios. A diminuição no principal estado consumidor fez com que o Sistema Interligado Nacional – SIN registrasse crescimento de apenas 0,2% no consumo.
As informações são do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que traz dados de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
Além de São Paulo, os estados de Minas Gerais (-2,8%), Rio Grande do Sul (-3,7%) e Bahia (-3,2%) tiveram retrações significativas no consumo de energia. Juntos, estes quatro estados somaram uma diminuição de 666,2 MW médios. Com montantes inferiores, Goiás (-1,2%), Sergipe (-4,6%) e Piauí (-3,3%) também fecharam a primeira quinzena de julho com redução no consumo.
Em contrapartida, o submercado Norte teve um crescimento de 7,5%, saindo de 4.725 MW médios para 5.078 MW médios. O resultado foi impulsionado principalmente pelo aumento de 7,5% no Pará, que saltou de 2.275 MW médios para 2.446 MW médios. O Maranhão, que geograficamente integra a região Nordeste, mas integra o submercado Norte do SIN, também ajudou nesta elevação ao registrar 9,3% de aumento.
Os estados de Santa Catarina (3,7%), Pernambuco (5,8%), Amazonas (6,8%) e Mato Grosso (6%) contribuíram para manter o consumo nacional no mesmo patamar do ano passado.
Consumo no mercado regulado e livre
O Ambiente de Contratação Regulada – ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras (onde estão inseridos os consumidores residenciais, comerciais, industriais, rurais, serviços, iluminação pública e outros), apresentou diminuição no consumo de 0,5% em relação a julho de 2018, considerando a mudança de clientes cativos para o Ambiente de Contratação Livre – ACL. Excluindo o impacto das migrações, o ACR registraria aumento de 1,3%.
Já no Ambiente de Contratação Livre – ACL no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores (como consumidores de atividade industrial/comercial/serviços), o consumo apresentou aumento de 1,7% em relação ao mesmo período do ano passado – considerando a migração de cargas. Ao excluir este impacto, o mercado livre registraria retração de 2,4%.
Os segmentos da indústria avaliados pela CCEE que registraram maior crescimento de consumo foram: transporte (18,2%), bebidas (14%) e alimentício (12,8%). A expansão desses setores está vinculada à migração dos consumidores para o mercado livre. Ao excluirmos este impacto, verificamos crescimento para os seguintes ramos: bebidas (7,3%), alimentícios (5,3%) e manufaturados diversos (3,2%).
Clique aqui para acessar a íntegra do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico da CCEE.
Por Tatiane Matheus