Brasil pode ter novo caso de Doença da Vaca Louca

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    Suposto caso em Minas Gerais já impacta o mercado.

    Segundo informações ainda desencontradas e preliminares, Minas Gerais estaria apurando um caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina atípica, conhecida como “Doença da Vaca Louca”. Fontes ligadas à inspeção sanitária informaram que amostras foram colhidas e encaminhadas para análise. O animal, que seria uma vaca com idade avançada, teria ligação com o frigorífico Plena Alimentos, que tem habilitação para exportar, e teria apresentado os sintomas da doença no pré-abate. O caso teria ocorrido em junho. A unidade nega. O primeiro teste realizado deu positivo, mas o segundo, negativo e é esperada a contraprova.

    Já o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), também procurado por nossa reportagem, enviou a seguinte nota: “Como membro da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), o Brasil adota os procedimentos de vigilância, investigação e notificações recomendadas pela instituição. Casos em investigação são corriqueiros dentro dos procedimentos de vigilância estabelecidos e medidas preventivas são adotadas imediatamente para garantir o controle sanitário. Uma vez concluído o processo em investigação, os resultados serão informados”.

    A EEB é uma doença monitorada pelo Programa Nacional de Prevenção e Vigilância da Encefalopatia Espongiforme Bovina (PNEEB). Ao atingir bovinos ou bubalinos afeta o Sistema Nervoso Central, sendo uma enfermidade degenerativa, crônica e fatal. É provocada pela forma infectante de uma proteína (príon) presente nos restos mortais de bovinos e bubalinos que manifestaram a doença. É transmissível para humanos.

    O Brasil é considerado livre da doença e em mais de 20 anos desde que o mal da vaca louca foi descoberto, o país registrou somente três casos de EEB atípica, contraída de forma isolada, e nenhum caso de EEB clássica, quando a doença é contraída pela ingestão de carne do animal contaminado. O último caso foi em 2019 em uma vaca de corte de 17 anos, no Mato Grosso.

    Caso haja um caso o país deve notificar a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e os países importadores de carne, além das medidas sanitárias internas como o abate do animal e seu incineramento.

    A notícia já movimenta o mercado e causou queda de preços nesta quarta-feira (1º). A cotação da arroba caiu 4% no mercado internacional, chegando a R$ 297,65, a maior baixa em nove meses. Consultores financeiros optam que o preço do boi gordo pode cair mais nos próximos dias até que os resultados de exames sejam apresentados. Alguns frigoríficos também suspenderam a compra até saírem os resultados.

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