De 23 a 25, criadores e tratadores de gado de Lagoa Grande receberam treinamento para vacinar bezerras contra brucelose.

Para avançar no controle da brucelose bovina no Maranhão e garantir uma produção leiteira livre das bactérias Brucella abortus, a Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged) está promovendo, pela primeira vez, a capacitação de vacinadores contra brucelose e o dia “D” de vacinação contra a doença nos três municípios do programa Mais IDH, situados na Unidade Regional de Pedreiras.

De 23 de agosto a 03 de setembro, quase 400 bezerras de 3 a 8 meses de idade serão vacinadas, por meio de uma parceria com a Secretaria de Indústria e Comércio (Seinc), responsável pela doação das vacinas, com as Prefeituras Municipais, Câmaras de Vereadores e Sindicados de Lagoa Grande, São Roberto e São Raimundo do Doca Bezerra.

De acordo com o presidente da Aged, Sebastião Anchieta, a expectativa é de que a ação nos municípios de Lagoa Grande do Maranhão, São Roberto e São Raimundo do Doca Bezerra sirva como um projeto piloto para que a mesma iniciativa seja repetida nos outros 27 municípios do programa Mais IDH.

“Desde que o governador Flávio Dino lançou o programa Mais IDH, nós nos preocupamos em contribuir com ele, já que visa a beneficiar os menos favorecidos no Maranhão. Esse programa de treinamento de vacinadores contra brucelose é justamente para apoiar os pequenos criadores para que eles possam vacinar suas bezerras”, destaca.

O chefe da Regional Pedreiras da Aged, Robert Ferreira Carvalho, conta que a ação foi concebida tendo em vista a carência de mão de obra qualificada para realizar esta atividade junto aos pequenos criadores. “Esta enfermidade é responsável por enormes perdas econômicas para a pecuária e por agravos à saúde pública. Segundo a Organização Mundial de Saúde é uma zoonose subdiagnosticada e subnotificada em humanos”, alerta o veterinário.

A brucelose é uma doença contagiosa que acomete principalmente o sistema reprodutivo de bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e outros. Além de estar relacionada com a diminuição da produção de carne e leite, abortos e nascimento de crias fracas, ela é considerada uma zoonose, isto é, uma enfermidade que também pode ser transmitida ao homem.

A infecção ocorre quando se entra em contato direto com animais doentes ou se ingere leite não pasteurizado, produtos lácteos contaminados (queijo e manteiga, por exemplo) e carne mal passada. As chances adquirir a doença são ainda maiores em meio aos tratadores de animais. “Quando a gente faz o treinamento para vacinadores, nós focamos bem na importância do uso dos EPIs e de alguns cuidados, como forma de proteger o vacinador para que ele não pegue brucelose, visto que a vacina é com a bactéria viva. Por isso, a vacinação da brucelose é diferenciada”, explica a veterinária da Aged Ana Cláudia Costa.

Fonte: Aged/MA

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