Nesta quarta-feira, dia 25, os Correios comemoram os 354 anos de serviço postal no Brasil e, também, a data dedicada ao profissional responsável pela credibilidade e reconhecimento da população junto à instituição: o Dia do Carteiro.

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Atualmente, a empresa conta com mais de 115 mil funcionários. Destes, mais de 50% são carteiros, profissionais responsáveis e comprometidos com a entrega de bilhões de objetos postais em todos os cantos do país, atividade com desempenho reconhecido por variadas premiações e pesquisas.

Em 2016, pelo 14º ano consecutivo, os Correios foram eleitos a instituição mais confiável do Brasil. O Prêmio Marcas de Confiança 2016, concedido pela revista Seleções, também apontou os Correios como a segunda marca mais confiável dos brasileiros. O estudo, realizado pelo Datafolha, apontou a estatal como líder do ranking na categoria Instituições, com 73% dos votos.

A profissão de carteiro surgiu no momento da criação dos Correios no Brasil, quando, em 25 de janeiro de 1663, a Corte Portuguesa expediu um regimento nomeando o alferes João Cavaleiro Cardoso para o cargo de “Correio-mor do mar e correio-mor da terra” do Brasil. Por essa razão, em 25 de janeiro é comemorado o Dia do Carteiro. Antes desse período as embarcações portuguesas levavam e traziam a correspondência como um favor. A distribuição das cartas no território brasileiro era feita graças a portadores ocasionais, como escravos, viajantes e tropeiros.

Os correios – como eram chamados os carteiros naquela época – deviam usar uniforme designado pelo governo e trazer à cintura uma bolsa com as cartas a distribuir e uma segunda, a tiracolo, fechada, para colocar as cartas recebidas. O uso de campainhas era obrigatório.

Durante a luta pela Independência do Brasil, o carteiro desempenhou importante papel como meio de comunicação entre aqueles que trabalhavam para separar a colônia da metrópole. Uma prova disso é a presença do mensageiro Paulo Bregaro no momento do Grito do Ipiranga, em que mensageiro e portador das notícias que provocariam a decisão final de D. Pedro, isto é, rompimento com Portugal. Mesmo já existindo o Correio oficial, as instituições usavam, em caso de urgência, mensageiros particulares. Desse modo, Bregaro desempenhou o papel de homem correio, pois transportava mensagens oficiais. Pela importância histórica de seu feito, foi escolhido como patrono dos Correios.
A denominação de “carteiros” foi usada originariamente pelo decreto nº. 255, de 28 de novembro de 1842, o mesmo que instituiu o uso do selo adesivo para correspondência, efetuando nos correios do Império o porte antecipado das cartas a partir do dia 1 de agosto de 1843, o que representou um momento decisivo na história dos Correios no Brasil.

A regulamentação das atividades dos carteiros ocorreu em 1844, quando foram criados: o primeiro corpo de carteiros e o de condutores de malas, além do sistema de entrega de correspondências em domicílio no Rio de Janeiro. Em 1857, era criado o serviço do correio urbano a pé, na Corte, a ser feito por oito carteiros especiais. Faziam quatro distribuições diárias e eram obrigados a visitar as caixas colocadas em seus distritos.

O regulamento postal publicado no ano de 1888 serviu de base a muitos regulamentos posteriores. Além de tratar de lotação de carteiros nas diversas classes de seus vencimentos, fala sobre a admissão dos mesmos ao serviço por concurso. Em 1889, o diretor geral dos correios baixou instruções relativas ao concurso para carteiro e suas funções como tal. Uma das tarefas descritas era fazer anotações no verso da correspondência, sempre que as circunstâncias exigissem, tais como – “porta fechada, não quer receber, mudou-se ou morreu”.
Nesta época, o uniforme era o seguinte: blusa de pano azul com botões de metal branco, colete e calça do mesmo pano; boné igual aos abotoados para os oficiais da armada, tendo na frente um florão bordado a fio de latão prateado e no centro uma sobrecarta bordada com fio de latão dourado e prateado, encimado pela Coroa imperial.
Em 1931, foi criado o Departamento de Correios e Telégrafos, subordinado ao Ministério da Viação e Obras Públicas. Nessa ocasião, as Administrações dos Correios passam a denominar-se de Diretorias Regionais.
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