Para fechar o mês do Janeiro Roxo (Contra a hanseníase) a secretaria municipal de Saúde esteve no presídio de Balsas com ações educativas e exames para descobrir se há portadores da doença entre os detentos.

Constatada alguma suspeita, é iniciado imediatamente o tratamento. Nos exames, pode ser verificada a existência de mancha e é coletada a linfa para o diagnóstico clínico.

Foto: Penitenciária de Balsas

De acordo com a enfermeira Liana Maria, coordenadora do programa, “por enquanto o programa de hanseníase Janeiro Roxo a gente não pode deixar de fora nenhum setor. A unidade prisional de ressocialização de Balsas não poderia ficar de fora, é um local que a gente sempre está presente, não só por causa da hanseníase, mas também da tuberculose. As pessoas ficam em ambientes que são fechados, com um grupo de pessoas que, tendo um caso suspeito, a gente já identifica e inicia o tratamento. Então, sempre tem alguém fazendo tratamento de hanseníase ou de tuberculose dentro da unidade prisional. É um público que nós vamos fazer, além de uma palestra, uma conversa, fazer o exame deles, ver quem tem mancha, quem for detectado como suspeito a gente vai dar um encaminhamento e vamos fazer a coleta da linfa, que é o exame que dependendo dele vai confirmar um tipo de hanseníase, porque o exame é clínico, o diagnóstico é clínico também”.

Em 2018 agentes da saúde diagnosticaram mais de 100 casos da doença entre os 272, na unidade prisional de Balsas.

Para a assistente social Maria do Socorro, essas campanhas são muito válidas, “porque a gente vai estar cuidando de um processo deles, da saúde deles. Cada campanha que tem a gente traz o pessoal da saúde, referente a campanha do mês citada, que estiver acontecendo, para a gente fazer um exame se tiver que fazer esse exame, para detectar qualquer doença deles aqui dentro da unidade”.

Ano passado, 100 casos de hanseníase foram descobertos no município, como acentuou Liana Maria: “O nosso município de Balsas é um município endêmico. É um dos mais endêmicos do estado do Maranhão e o ano de 2018 também. Então, nós temos em média nos últimos anos 100 casos novos de hanseníase diagnosticados. Para nossa população é um número grande, mas o que nos deixa com os casos em crianças e adolescentes. Nós sempre temos caso de crianças a partir de 04 anos até 14 anos. É um alerta para detectar crianças com hanseníase“. Concluiu Liana.

Mesmo assim, com toda a preocupação dos governos Brasil concentra mais de 90% dos casos de hanseníase da América Latina, sendo o segundo país no mundo com a maior incidência, ficando atrás apenas da Índia, de acordo com a Dahw Brasil, ONG alemã de assistência a hansenianos, com 61 anos de existência e atuação em 21 países.

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