Nesta quinta-feira, 7 de dezembro, ocorreu a abertura de mais uma edição da Exposição Eixo Ensino, organizada semestralmente pelo Curso de Artes Visuais da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Nesse momento, os alunos são incentivados a vivenciarem os vários processos dentro de uma galeria, em que participam de pesquisa, construção e prática de montagem, além de contarem com curadoria realizada por um docente, fator que guia o caráter da exposição. O evento será realizado na Galeria Acadêmica de Artes Visuais (Gaavi) – Casarão Azul –, a partir das 17h00, contudo a visitação para o público só ocorrerá dos dias 11 a 14 de dezembro.
Gravura, fotografia, cerâmica e desenho são algumas das disciplinas que, em sua reta final de conclusão, produzem diversas obras que preenchem a galeria, o que possibilita a circulação dos trabalhos artísticos quanto divulga o nome do Curso e da Universidade para outros ambientes, nichos e comunidades. Esse é um dos objetivos da professora do Departamento de Artes Visuais (Deartv) e organizadora da Exposição, Luisa Fonseca.
Ela destaca que São Luís se encontra em um período fantástico de visibilização para o restante do país. “As pessoas têm ficado muito curiosas com relação ao Maranhão e à cultura maranhense. Temos visto isso em novelas, em filmes, em pesquisas de caráter patrimonial imaterial sobre as lendas e a gastronomia. É um processo de ebulição cultural muito interessante, e, nesse mesmo processo, a própria cidade tem se redescoberto; temos visto cada vez mais eventos em áreas públicas, categorizando uma legitimação dos bens culturais, como o bumba meu boi e os terreiros de mina. Nesse contexto, a exposição é uma forma de chamar atenção para a invisibilidade patrimonial, o que ainda acontece com alguns espaços, como a própria Gaavi, visto que muitas pessoas da própria Universidade ainda não a conhecem. Por isso desejamos que a comunidade acadêmica e a sociedade em geral passem a frequentá-la”, explica.
A Exposição Eixo Ensino constitui um esforço contínuo, inserido dentro do Projeto Pedagógico de Curso (PPC), induzindo todo docente a idealizar o momento final de amostragem em galeria desde o planejamento da disciplina. Fonseca define a iniciativa como um processo pensado gradativamente até chegar àquele resultado, de forma a trazer novos olhares sobre a arte contemporânea, de forma coletiva, por professores, alunos e comunidade.
Nesse sentido, o corpo acadêmico se preocupa, principalmente, com a articulação desse projeto com a sociedade. “Desejamos que esse conhecimento do que é feito, do que é produzido, possa ser estendido para outras pessoas, de maneira que essas ideias extrapolem os muros da Universidade e alcem todos os demais”, disse Luise.