6ª Expedição do IDERB encontra irregularidades e ações que causarão grandes efeitos às nascentes do Rio Balsas

8 de outubro de 2020

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A 6ª Expedição do IDERB – Instituto de Defesa das Nascentes do Rio Balsas, aconteceu no último final de semana, sábado e domingo, 03 e 04 de outubro, com uma equipe formada por mais de 15 carros traçados e 48 expedicionários, entre organizadores, autoridades ligadas ao meio ambiente, Ministério Público, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Grupo Escoteiros Buriti de Balsas, SAAE e expedicionários voluntários.

Poço cavado a 500 mts. das nascentes, para regar pastos.

Durante a vistoria feita pelas matas ciliares do bioma, que formam os pequenos aquários de nascentes, surpresas emocionantes aliaram-se às surpresas angustiantes. Diante do cenário que se esforça para manter as nascentes vivas e verdejantes, mesmo num calor acima da média, inúmeras queimadas foram encontradas ainda com fumaças, deixando vestígios de futuras plantações de pastos, mas que provocam a devastação da floresta de um cerrado que ainda clama para ser preservado. Poços artesianos e derrubadas de buritizais e árvores frutíferas nativas que alimentam a fauna constatam da ambição desprovida de consciência ecológica do homem, que vai além da imaginação, como a construção de ponte feita com pedras e cimento que encerra o caminho do córrego São Pedro, que deságua para a formação do Rio Balsas.

Miranda Neto mostra satisfação com efeitos das expedições.

Mesmo assim, diante de todas essas agressões alimentadas pela morosidade do estado em suas decisões, nos deparamos com uma cena que deixou todos os expedicionários impactados e emocionados. A imagem de um grande e excelente resultado de todas as expedições realizadas pelo IDERB em defesa das nascentes do Rio Balsas, retratando também o entendimento de quanto as expedições estão contribuindo para a conscientização dos agricultores, pecuaristas e ribeirinhos daquela região. Uma cerca de arame, com placas indicativas informando que ali é uma área de preservação e reserva ambiental, feita ao longo do perímetro que separa as terras já exploradas pelos agricultores, pecuaristas e ribeirinhos das matas ciliares que preservam e protegem as nascentes do Rio Balsas, foi motivo de alívio do grupo, pois espelha um resultado da persistência das inúmeras viagens cansativas de quase 600 km, entre ida e volta.

Dalva, do Conselho Tutelar fala às crianças e adolescentes sobre violência doméstica e ao pudor.

Advogada Débora explana à população local sobre os direito previdenciários.

Além da vistoria realizada anualmente pelo IDERB, também ações sociais foram concretizadas, como a entrega de brinquedos e livros, kits com material escolar juntamente com proteção contra o coronavírus (200 máscaras) e roupas foram distribuídos aos ribeirinhos de toda aquela região das cabeceiras do Rio Balsas. Durante as entregas dos donativos arrecadados e doados pelos próprios integrantes do instituto e por outras pessoas que apoiam a expedição, também palestras proferidas pela coordenadora do Conselho Tutelar de Balsas/MA Dalma Mesquita, alertando as crianças e adolescentes contra a violência doméstica e sexual e pela advogada Drª Débora Leite e seu assistente, também advogado David de Sousa Brito, rechearam a palestra, falando sobre os direitos previdenciários do cidadão, abrindo os olhos para pequenas causas que têm direitos desconhecidos.

Equipe, orientada pelo Secretário do Meio Ambiente, como semear as sementes de plantas nativas do cerrado.

Ex-vereador por 06 mandatos, Messias Miranda continua semeando sementes, só que agora, são sementes de frutos do cerrado como gonçalo alves, tamburi, xixá, tatarema (ou Tatajuba-do-brejo, quebrar machado), barbatimão, ipê, podói, angico, cajuí, mirindiba, ingá, jotobá, mutamba etc. Para ele, não houve evolução na reconstituição das nascentes e pede por uma ação mais enérgica do Poder Público. Ouça áudio:

Pela primeira vez participando da Expedição, o professor Johnny Herberthy, do IFMA/Mangabeiras, convoca a sociedade para agir com mais ações, em prol das futuras gerações.

Veterano na Expedição, o Engenheiro Agrônomo Avelar Damasceno Amorim, presidente-interino do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Parnaíba, se preocupa com a criação do Comitê e a assinatura do TAC – Termo de Ajuste de Conduta da Bacia do Rio Balsas.

Roberval Costa Lima, Biólogo e assistente da Promotoria. In loco, percebeu a reação das ações que o instituto vem causando com as visitações às nascentes.

O Secretário municipal do Meio ambiente, Rui Arruda, disse ter encontrado muitas irregularidades e que serão tomadas as devidas providências e também percebeu as ações de alguns fazendeiros, em relação às tomadas de decisões que trarão benefícios futuros.